30 de dezembro de 2019

Relatório de DEZ/19 - Hora de Comemorar!


Mais um ciclo se encerra com o fim do ano de 2019. Há muito o que comemorar e assim como houve muito que foi aprendido. A grande graça está em aprender com os erros e também em comemorar os acertos. Este certamente foi um ano muito importante na minha vida pessoal e financeira, e por isto, faço abaixo uma breve retrospectiva de parte da minha vida. 

A minha jornada pessoal iniciou há algum tempo, pois completei recentemente 38 anos. Falando de investimentos, fiz, muito jovem, alguns ensaios em renda fixa, porém iniciei efetivamente na bolsa por volta de 2005, onde permaneci até 2008-2009. Ao longo deste período me aventurei de alguma forma no mercado de imóveis, e também no período posterior que durou até 2016, porém neste segundo momento de forma mais intensa. No total adquiri ao longo do tempo 8 diferentes imóveis e em breve devo adquirir mais um. Ao longo deste processo fiquei com apenas um imóvel, pois o intuito sempre foi multiplicar o patrimônio. O resultado desta compra e venda de imóveis foi bastante positivo e me ajudou bastante a entender o mundo dos negócios. O período atual iniciou em 2016 com o a retomada do investimento em ações que estavam em mínimas históricas e também, pois os imóveis não pareciam mais tão atrativos.

Com pouco dinheiro, ao longo dos anos foi fácil e me pareceu lógico colocar os esforços onde a rentabilidade era maior. Em alguns momentos pus grande foco em renda fixa, outros em imóveis e também em renda variável. Atualmente acredito que o melhor é equilibrar para todos os momentos econômicos, fazendo ajustes ao longo do tempo principalmente no dinheiro novo que entra.

Voltando para o período que inicia em 2016 com o blog, o mesmo teve duas fases, sendo a primeira de 2016-2017, bastante intermitente e desorganizado e 2018-2019, com relatórios mensais e uma definição muito mais clara dos investimentos, sempre visando mitigar riscos e auferir bons rendimentos no atual Bull Market da bolsa brasileira. 

Acredito que cometi muitos erros, porém tive ainda mais acertos. Seguramente que com a bolsa subindo mais de 30% no ano, isso não seria muito difícil. De qualquer forma, ao longo do tempo concentrei meus esforços naquilo que acho que exige menos de mim e maximiza os retornos, assim como me deixa tranquilo caso haja um descompasso mundial nos mercados.

O ano de 2019 em si foi muito bom, sendo que iniciamos em R$645k e terminamos em R$1.000k. Uma aumento significativo de mais de R$350k, mas que veio acompanhado de muito trabalho na vida real e uma grande mudança na carreira.

Faço abaixo um resumos do que pretendo fazer para 2020, de certa forma simplificando meu portfólio e dando atenção ao que realmente interessa.

FIIs: sem dúvida a grande aposta de 2019, pois a queda acentuada e inesperada dos juros (sim, ninguém apostava em 4,5% de Selic). Demorei para tomar minhas ações, mas ainda assim surfei grande parte da onda. Acho que ainda vale muito a pena para 2020, porém não espero mais tanta quedas na Selic e acho que os imóveis devem se valorizar pouco acima da inflação nos próximos anos. Posto isso, acredito muito nestes ativos, porém sem a euforia de 2019. Manterei algo como 5% por aqui.

Ações: o índice Bovespa se valorizou mais de 30% e certamente tivemos um ano memorável. Acho que 2020 pode nos trazer um fechamento de 150.000 pontos, então, fica aqui minha expectativa para o próximo ano. Não farei grande alterações na minha carteira de ações que tem grande parte em bancos, varejo, energia, commodities em geral e algumas small caps. No fim das contas, sempre alguma destoa para cima, mas na média segue o Ibovespa de perto. Manterei por volta de 30%.

Fundos de Ações: aqui uma grande dúvida e algo que sigo pensando e repensando. Tenho apenas um fundo, que é o Alaska Black com resultados fantásticos no últimos anos, com una carteira de ações bem diferente da minha. Admiro muito e tenho posto 5% do patrimônio, porém não gostaria de investir mais no mesmo. Vou buscar outras opções para 2020, mas ainda não me dediquei ao assunto. Acho que compensa, mais ainda prefiro o investimento direto em ações.

Fundos Multimercado: aqui provavelmente o grande aprendizado do período. Sempre que juros caem de suas máximas até um fundo, os Multimercados tem resultados extraordinários, que foi o que aconteceu em um passado recente. Após este período, entraram em uma nova fase com resultados pífios, provavelmente pela dificuldade de operar na bolsa. Ao longo do ano vendi um pouco do que possuía e há pouco tempo pedi o saque integral do Adam Strategy e Kapitalo Kappa. O primeiro um decepção sem tamanho e o segundo apenas para zerar a posição, pois ainda vinha performando algo por volta de 10%, o que me parece bastante razoável. Enfim, o dinheiro será dividido entre fundos de ações e TD Selic. 

Tesouro IPCA e Prefixado: aqui tenho uma visão bastante dividida. Por um lado, o melhor investimento que fiz nós últimos anos foi o tesouro direto. Com a queda dos juros, os retorno foram excelentes, porém não acredito que isto vá se repetir em 2020, pela simples razão de que as taxas estão bastante baixas. Ainda assim, ter um TD IPCA com 3% de juro real, não me parece nada mal na situação atual, como reserva de valor. Manterei minha posição, provavelmente sem novos aportes em 2020, com 5% do patrimônio.

Tesouro Selic: aqui uma reserva para emergências e um seguro para novas aplicações em uma virada de mercado. No primeiro caso, apenas para não perder em uma quebra geral de mercado, assim como fazer compras de ativos em promoção caso isto ocorra. Além disso, uma reserva de valor, caso algo sai errado na vida pessoal. Me sinto confortável com 30% do total.

Debêntures: um grande negócio e mercado fantástico que acredito que já deveria ter evoluído. Uma pena que parou no tempo e não tem um mercado secundário com liquidez e compra e venda pelo home broker. Do jeito que é administrado hoje, recomendo de modo geral distância. Os riscos são altos e a complexidade muito grande. Manterei o que tenho e não comprarei mais nada. Faria alguma exceção para boas empresas com bom rendimentos, o que não me parece pouco provável de existir.

CDBs e LC: este mercado perdeu sua atratividade com a queda da Selic, portanto o risco que tínhamos no governo Dilma foi superado pelo mercado que passou a oferecer taxas menores. Ainda vejo pontos fora da curva, como, por exemplo, do Banco Máxima. Acho que pode valer a pena, mas não tenho mais focado nisso.

Interactive Brokers: um sucesso tremendo e uma curva de aprendizado fantástica. Cometi diversos erros por aqui e entendi de forma bastante simples como operar minha carteira, portanto, acredito que estou mais consciente sobre as aplicações em USD. Seguirei apostando en EWZ (bolsa brasileira), bolsa americana e ações de tecnologia (em menor proporção), assim como um belo seguro em Ouro. Além disso, um pouco de ações asiáticas e XP. Gostaria de fazer pelo menos mais uma remessa de USD 5.000, talvez USD 10.000 ao longo de 2020. A ideia é manter 10% do patrimônio aqui. Buscarei fazer isso quando o dólar estiver abaixo de 3,80.

Em relação ao último mês, este foi completamente diferente do anterior e demonstra como podemos ficar otimistas e pessimistas em espaços de tempo muito curtos. Além disso, nos mostra como devemos tentar excluir a variável mídia sensacionalista a respeito de assuntos políticos e outros.

Vamos para 2020 em busca de R$1.250k. Um aumento real de R$250k, inferior ao ano atual, pois terei o desembolso em R$ na compra de um imóvel. De qualquer forma, me parece ser um grande desafio e estarei bastante satisfeito se chegar neste patamar.

Acredito que haverá uma nova janela de oportunidade na compra de imóveis, não pela grande valorização, mas por uma demanda consistente por imóveis acessíveis e de qualidade. Vou apostar nisso e acredito que em 2021-2022 colherei os frutos.

Como tudo na vida a jornada é mais importante do que a chegada. Atingida a marca de 1 milhão em 4 anos de investimentos, vou agora em busca de 2 milhões em 2,5 anos, ou seja, JUN/22.

Sigo em frente com as energias renovadas em busca dos novos desafios.

Feliz 2020!

1 de dezembro de 2019

Relatório de NOV/19 - Decepção


Mais um mês morno na política e economia internacional. As desavenças entre USA e China não foram sanadas, tampouco parecem perto de um fim. Evidente no momento, apenas que os impactos no país oriental parecem ser sentidos de forma mais forte que os Americanos. Esperamos os próximos capítulos desta novela que tem feito o mundo crescer menos.

No Brasil, olhando em retrospecto, me parece que as conquista de 2019 foram bastante significativas, apesar de que seus efeitos serão sentidos no médio e longo prazo. É difícil de entender o que o crédito mais barato pode fazer com as empresas, assim como o nosso governo pagando menos por sua dívida. Espero que venhamos a conhecer uma parte dos benefícios no próximo ano, pois há muita gente que precisa de uma oportunidade de trabalho e uma coisa está intimamente relacionada a outra.

Veja abaixo um resumo dos meus investimentos:

FIIs: a grande estrela do mês. Com a queda dos juros, estes ativos têm voado baixo. Me parece que as aplicações recentes foram um tiro certeiro.

Ações: continuo apostando em alguns cases que me parecem estagnados, como o caso da BRKM5. Sei que não tem data para acontecer, mas seguem subtraindo uma parte dos ganhos. Aproveitei para me desfazer e um pouco este mês, com lucro, assim como algo de UGPA3. Em seu lugar comprei CVCB3 que após uma enorme queda, me parece uma ótima aposta.

Fundos de Ações: houve uma pequena perda por aqui neste mês, mas nada que preocupe. Talvez seja hora de acompanhar o Alaska mais de perto para novas entradas.

Fundos Multimercado: seguem sendo a grande decepção do ano e sigo pensando em sacar algo mais. O fundo Adam segue andando de lado decepcionado novamente.

Tesouro IPCA e Prefixado: os prefixados tiveram uma pequena queda, porém os IPCA receberam um grande golpe. Talvez seja hora de reforçar as compras. Darei uma revisada ao longo de dezembro.

Tesouro Selic: segue cada dia mais como uma reserva para emergência e compras futuras em caso de quedas.

Debêntures: aqui mais um grande golpe. A XP marcou a ZERO as debentures RDVT11, o que me fez ter uma queda considerável. Vamos torcer para que algo volte ao longo do próximo ano com o desenrolar do processo.

CDBs e LCs: totalmente esquecidas, as antigas que tenho, seguem com um bom rendimento.

Interactive Brokers: tem sido muito importante para a carteira e me parece que as aplicações estão bastante equilibradas, além de contar com a subida do dólar. Sigo apostando na subida do EWZ cima de USD 50.

Este mês foi uma combinação de mais do mesmo e uma leve decepção. Confesso que ao final do período ao atualizar a planilha, acreditava que haveria tido bons ganhos ao longo do período, uma vez que a bolsa fechou no positivo. Para minha surpresa, parece ter sido um dos piores meses do ano para a carteira.

Busquei entender melhor onde ganhei e perdi. Apesar de me parecer lógico, continuo com um gosto amargo de quem esperava mais das aplicações. Faz parte do processo, mas fica aqui a reflexão.

Ainda acho que vou conseguir fechar o ano acima de R$ 950 mil. Vamos ver o que os próximos 30 dias me reservam.

22 de outubro de 2019

Relatório de OUT/19 - Decolando


Mais um mês de grandes emoções na bolsa. Renovada a máxima histórica, seguida pela aprovação da reforma da previdência. Se por um lado o mercado já esperava, por outro a confirmação parece ter tido um grande efeito positivo. Após muito tempo, podemos comemorar a tão esperada reforma da previdência. 


De certa forma é até curioso estarmos comemorando a perda de alguns direitos. Mas por outro lado, acho que as pessoas cansaram de esperar e resolveram aceitar a agenda reformista em troca do crescimento da economia. Não existe muita margem para um plano B, por isso, tem que dar certo.

A bolsa segue subindo e apesar dos altos e baixos, este até que tem sido um ano tranquilo, se comparado com os anteriores. Não tivemos impeachment, greve dos caminhoneiros, Joesley Day, entre outros. Estamos acostumados a emoções, portanto, parece estranho ver as coisas dando certo.

Diversos sinais de ativação da economia demonstram o aumento do emprego, do consumo de energia, inflação baixíssima e juros com projeções na casa de 4,5%. Ninguém sabe o real efeito que isto pode ter na nossa realidade, afinal estes são mares nunca antes navegados por nós brasileiros. A única certeza é de que muitos negócios vão se tornar viáveis na conjuntura atual. Seguimos na torcida pelo melhor, apesar de ainda estar um tanto cético, confesso.

Um outro ponto que me chama atenção e me faz refletir diz respeito a economia com os juros da dívida. Esta não seria maior em 10 anos do que a com a reforma da previdência? Eu acho que sim, portanto temos mais uma razão para comemorar os juros baixos. Mas  independente disso, me parece que a reforma tributária e as privatizações precisam avançar. Digamos que o resto o mercado fará sozinho.

Veja abaixo um resumo dos meu ativos:

FIIs: voltei a dar uma boa olhada no assunto e fiz uma pequena revisão na minha carteira. Retirei os fundos KNCR11, KNRI11 e HGRE11 e inclui os XPLG11, XPML11, HGCR11 e MGFF11. Sigo com o critério de alocar em fundos com grande patrimônio e alta liquidez, além de retornos razoáveis (acima de 6,5%a.a.). Tem dado um resultado muito próximo ao Ifix, o que já era de se esperar. Com a queda da Selic devem brilhar muito!


Ações: sem grandes alterações, apenas pequenos ajustes pontuais. Não fiz nenhuma venda e adicionei um pouco de BPAN4, BRKM5 e TAEE11. Me parece que a Braskem está em valores ridículos e pode ser uma grande oportunidade em caso de venda da empresa. Taesa é uma ótima opção para quem busca bons dividendos com  uma gestão sem grandes surpresas. Acho que neste momento as grandes apostas ficam por conta de BBAS3 que está patinando se comparada a outros banco. Petrobras que não subiu nem perto o que índice andou e Vale que pode pagar enormes dividendos no próximo ano. Algumas ações do Varejo podem decolar, assim como aquelas que pagam grandes dividendos, como algumas elétricas.

Fundos de Ações: sem grandes surpresas. A volatilidade que assustou nos meses anteriores, retornou em ganhos para se comemorar.

Fundos Multimercado: sigo mantendo na carteira, apesar de achar que não são a melhor opção no momento. Acho que de modo geral, com uma Selic a 5%, estes fundos não devem render mais do que 8%/ano. Esta é a nova realidade e temos que nos acostumar com isso. Manterei um valor proporcional pequeno em relação ao total que tenho.

Tesouro IPCA e Prefixado: em linha com o proposta mês passado, fiz algumas compras por aqui e não me arrependi. A queda da Selic ainda deve trazer mais alegrias nos próximos meses, impactando positivamente estes ativos.

Tesouro Selic: com a taxa Selic a 5% e a inflação a 3,5%, fica difícil enxergar algum lucro real, após o IR. Se considerarmos que a taxa ainda pode cair para 4,5%, ficamos praticamente no zero. Enfim, esta é a regra do jogo e independente das condições segue como uma reserva de emergência e para novas compras. Devo manter em 30% do meu patrimônio por aqui.


Debêntures: nenhum movimento nesta classe de ativos. Se por uma lado as taxas adquiridas no passado foram sensacionais, neste momento ficam as dúvidas se serão pagas. Acredito que não terei novos problemas com as empresas que escolhi, porém não tenho planos de novos aportes.


CDBs e LCs: não me parece muito atrativo apostar em algo que rende 130% de um CDI de 5%. Simplesmente não tenho olhado mais, porém carregarei os que tenho até o vencimento.

Interactive Brokers: demorei para acertar a mão nas aplicações em USD, porém montei um modelo que me agrada e tem dado bons retornos em R$ e USD. Sigo apostando fortemente no EWZ que deve refletir a subida da bolsa brasileira e uma possível queda do dólar. Por outro lado, se o cambio subir, também ganho nos demais ativos. Além de um seguro, é uma ótima forma de investir no Brasil, mesmo estando com o dinheiro fora.

Este fim de ano tem sido bastante positivo e pode nos reservar mais algumas alegrias. Sigo confiante no fechamento da carteira acima de R$ 950.000 em 2019.



2 de outubro de 2019

Relatório de SET/19 - Correndo


É curioso como muitas vezes a expectativa molda a realidade e vice versa. Depois de alguns meses de muita espera pela aprovação da reforma da previdência, ela simplesmente não veio e foi dada como aprovada pelo mercado, mesmo que não tenha ocorrido. Em um caso clássico em que a expectativa parece estar moldando a realidade, o mercado parece ter deixado o assunto de lado. Seja pela demora em si, ou até mesmo pela inevitabilidade de sua aprovação. Independente da razão, seguimos em frente em busca de novas referências que dêem o tom do mercado.

Nas questões macro me parece que tudo tem dado certo para que sejam criadas as condições perfeitas para o crescimento em um futuro próximo. Além da mão de obra disponível e capacidade ociosa, contamos com inflação abaixo da meta e juros cada vez mais baixos.

Nas questões micro, me parece que a aprovação de acordos bilaterais, concessões, privatizações e aprovação de leis pró mercado devem criar condições que trarão resultados no longo prazo.

O PIB ainda não cresceu, mas parece estar dando os primeiros sinais positivos e neste sentido a bolsa parece ter comprado a ideia. O nível de risco está cada vez mais baixo e a população razoavelmente otimista.

Quem sabe ainda veremos uma reforma fiscal em breve o que resolveria demandas de décadas. Talvez seja muito sonhar com uma reforma política, mas quem sabe?

Tudo vai bem até que a próxima crise externa (ou interna) ocorra, mas até lá estamos em um momento de alegrias com os ativos se valorizando muito. Acho que a grande preocupação no momento é a briga entre USA e China, mas que não deve se resolver tão cedo. Esta é uma guerra ideológica que já foi perdida pelo USA, eles apenas não sabem. A China vai se tornar a maior economia do mundo por volta de 2030 e devemos ter a India em terceiro em um futuro não muito distante. Isto para dizer que não me parece que este assunto se resolverá facilmente. Desde a queda da União Soviética o mundo passou 30 anos imaginando que o modelo liberal capitalista seria o ideal, porém parece que outras alternativas voltaram a pauta e sem dúvida ocuparão seu espaço daqui pra frente polarizado o mundo mais uma vez.

Segue abaixo um resumo dos meus investimentos em Setembro/19:

FIIs: me desconectei um pouco do assunto e por diversas vezes lembro que tenho que revisar minhas posições e talvez comprar um pouco mais. Eu geralmente foco nos maiores FIIs com grande liquidez. Vamos ver se faço uma boa busca em breve para me atualizar.

Ações: aqui mais uma vez o grande salto que temos visto nos investimentos no Brasil. Fiz algumas compras e vendas, mas nada que mude significativamente minha posição. Sigo com pelo menos 30% do total aplicado em ações, em bancos (ITSA4 e BBAS3) e grandes posições em VVAR3, CMIG4, HYPE3, BRKM5, VALE3 e PETR4. As demais ações possuem participação menor na carteira, sendo o setor de energia (EGIE3 e TAEE11) um que me atrai muito neste momento de juros mais baixos. Outro grande destaque foi que me desfiz das ações da GRND3 que haviam sido compradas em um momento de grande baixa e que deram um bom retorno. Como possui um grande caixa e tinha resultados de aplicações, tenho minhas dúvidas se irão performar neste novo cenário de juros baixos. Prefiro outras opções neste momento.

Fundos de Ações: a estratégia por aqui parece funcionar perfeitamente. O Alaska Black possui mais volatilidade que o Índice Bovespa, portanto sempre que cai bastante abre oportunidade de entrada. Fiz novos aportes que  valeram a pena. Sigo apenas ponderando que as aplicações que faço diretamente em ações rendem mais e ainda pagam dividendos. De qualquer forma, o racional também é estar exposto a uma carteira de ações diferente da minha.

Fundos Multimercado: seguem decepcionado e mostrando a cada vez mais que andam bem em um cenário de queda de juros, porém nem isso têm mais feito. Resultado, valores pífios se comparados aos rendimentos de outras opções. Vendi um pouco do Adam Strategy ao longo do mês.

Tesouro Direto IPCA e Prefixado: seguem dando alegrias e diferente do que eu pensava podem dar mais uma grande oportunidade nos próximos meses. Com a queda dos juros e as expectativas futuras, devem acompanhar o movimento, podendo surpreender em breve. Devo aplicar algo em IPCA 2050 e Prefixado 2029.

Tesouro Selic: cada vez rende menos, mas segue sendo positivo. Apesar disso, segue sendo um ótimo seguro para balancear aplicações de risco como a bolsa, além de servir como reserva para emergências. Devo manter pelo menos 30% do total aqui.

Debêntures: aqui talvez um dos pontos a não ser esquecido. Este mês tivemos a formalização do que já sabíamos há muito tempo. As debêntures da Rodovia do Tietê estão com problemas e neste sentido a XP cortou pela metade as cotas de quem tem. Se recebermos isso já será o suficiente para comemorar. É bom lembrar que as debêntures não tem seguro do FGC e se a empresa quebrar, os títulos vão junto. Este não é o grande ponto, acho que a grande lição é de que estes títulos são complexos de entender, possuem e muitas vezes baixas garantias. Desta forma temos duas opções, comprar de empresas de primeira linha que geralmente pagam pouco ou de empresas em turn around e que seus títulos estejam extremamente baratos. Como o mercado secundário no Brasil é pequeno, deixaria o assunto de lado. Se algum dia este mercado crescer, acredito que com liquidez possa ser possível ganhar um bom dinheiro, mas por hora me parece que não vale a pena. Fuja da dica do seu agente autônomo, pois no fim das contas é você que arcará com o prejuízo.

CDBs e LCs: seguem um pouco fora do meu radar e parecem não ter mais o mesmo atrativo de antes. Espero que a renda fixa realmente tenha morrido e captar dinheiro se torne mais desafiador para os bancos.

Interactive Brokers: com a alta do dólar, do ouro no mercado internacional e da bolsa brasileira, minha carteira tem voado baixo. Não sei o que acontecerá nos próximos meses, mas aposto que uma queda no câmbio pode alavancar o ETF EWZ. De modo geral segue sendo um ótimo seguro que tem funcionado bem.

Que mês sensacional para carteira. Batemos na porta dos R$900 mil com um belo avanço em relação ao mês anterior. Sigo confiante que no início do próximo ano atingirei R$1 milhão, sendo que o fechamento do ano deve ficar acima de R$950 mil.

29 de agosto de 2019

Relatório de AGO/19 - Surpreendidos


O mercado vinha demonstrando bons sinais, mas o mês de Agosto veio para nos lembrar de que não somos uma ilha e como tal, somos impactados pelas ações mundo afora.

As tensões comerciais tem agitado o mundo, fazendo com que o capital volte para locais mais seguros. Mesmo com a queda dos juros nos USA, o dólar tem voltado para os bonds americanos, com medo de uma recessão global.

Tenho duas visões sobre o assunto. O primeiro ponto refere-se as eleições no USA, onde o partido Republicano deve defender sua posição, fazendo de tudo para que Trump siga no poder. Por outro lado, me parece inevitável uma correção, que deve vir em 2021. Os mercados estão inundados de liquidez, o que faz com que as bolsas sigam subindo, entretanto isto pode estar apenas postergando e piorando o inevitável.

De qualquer forma, independente do que aconteça, a estratégia segue sempre muito parecida, sem tentar adivinhar fundos e topos. Desta forma, mantenho meus seguros e aplicações, dentro da linha de risco que acho razoável.

Veja abaixo um resumo dos meus investimentos:

FIIs: tivemos uma bela correção por aqui, o que pode ter aberto uma boa janela de entrada. Tenho olhado VISC11 e KNRI11.

Ações: segui com algumas vendas de VVAR3 e WISZ3 que subiram bastante, de modo a embolsar algum lucro. Com a quedas das ações, fiz algumas compras ao longo do mês, de algumas que caíram bastante (UGPA3, VALE3, PETR4, JPSA3 e BRKM5). Prefiro esperar e ver o que nos espera à frente, mesmo seguindo acreditando que a bolsa brasileira irá dar grandes alegrias nos próximos anos, apesar dos problemas que possam surgir lá fora. As ações da Oi deram uma grande susto ao longo do mês e seguem a espera de momentos melhores. Por fim, acho que as ações da Suzano darão uma grande oportunidade de compra em OUT/19 após os resultados do terceiro trimestre.

Fundos de Ações: este mês o fundo caiu quase 20%, ou seja, hora de comprar mais. Como é mais volátil que a bolsa, temos que aproveitar estes momentos.

Fundos Multimercado: resolvi solicitar o saque de metade das cotas do Adam Strategy. Em principio o valor vai todo para o Tesouro Selic. Cada vez mais vejo minha carteira em TD Selic e Bolsa e Valores.

Tesouro Direto: o TD IPCA caiu um pouco, mas nada que preocupe. As vendas recentes provam que os valores estavam um pouco esticados, apesar da manutenção da tendência de baixa das taxas de juros. Ficarei de fora de novas compras no momento.

CDBs e Debêntures: tenho me mantido longe destes ativos, pois me parece que a bolsa é a grande estrela do momento e mais vale ter parte da carteira com risco baixo e uma parte menor com risco alto, do que ganhar um pouco mais do que a Selic.

Iteractive Brokers: tem dado um show, com a subida da bolsa e a valorização do ouro. A ideia de ter um seguro tem funcionado perfeitamente. A unica alteração foi a venda de ações de nível global para a compra de mais EWZ, em razão das quedas recentes. Ainda acredito na volta do cambio para abaixo de R$ 3,80, o que deve valorizar as cotas ainda mais.

Sigo otimista, porém um pouco mais preocupado. Cada vez mais prefiro tomar ações apenas pontuais, pois me parece que o mercado tem seu próprio humor e de nada adianta ficar tentando prever o que acontecerá.

Seguirei torcendo pela aprovação da previdência, reforma fiscal, privatizações e concessões. Isso tudo além de muitos outros assuntos que importam ao Brasil e que podem nos fazer voltar a crescer. Apesar dos sinais serem muito sutis, me parece claro que estamos no caminho certo. Muito melhor do que o que vivemos, onde país crescia, mas sabíamos que havia algo de errado. torço para que o tempo prove isso e nos mostre que não há mágica, apenas trabalho e dedicação.


31 de julho de 2019

Relatório de JUL/19 - A Força do Mercado


O mercado finalmente parece acreditar nas reformas e melhora do Brasil e resolve mostrar sua força. A reforma da previdência, apesar de ainda não estar aprovada, é dada como certa. Os holofotes se viram agora para os próximos passos e a reforma fiscal, concessões, privatizações e a liberação do FGTS, parecem ser o suficiente para animar até os mais pessimistas.

Os já conhecidos comentários da classe politica já parecem não incomodar tanto, mostrando claramente que quando as coisas estão no rumo correto, aceita-se alguns desaforos, assim como o contrário também é verdade.

A verdade é que o ano de 2019 já acabou. Parece cedo para dizer isso, mas em relação ao crescimento do PIB não há mais o que fazer. Ficaremos em número bastante aquém do previsto, porém com um possível segundo semestre animador que pode dar o tom do que devemos esperar em 2020. É exatamente este movimento que deve animar o mercado, com a ideia de que finalmente o próximo ano será o da virada que tanto aguardamos desde o impeachment. Foram 3 longos anos de espera, porém parece que o futuro finalmente chegou.

As preocupações com o cenário externos persistem, porém com menor intensidade, e talvez, a queda dos juros no USA nos tragam capital para bolsa brasileira em busca de maiores rendimentos. Com uma expectativa de juros cada vez menores, inflação baixa, reformas à vista, despesas sob controle, mão de obra disponível e capacidade ociosa, se mostram como o cenário perfeito para o crescimento.

Veja abaixo um resumo dos meus investimentos:

FIIs: seguem avançando com a expectativa de queda da Selic, afinal faz sentido aplicar em algo que rende 7% livre de IR, quando temos uma Selic rumo a 5,5%. Tenho apenas um pequeno percentual nesta classe de ativos, mas acho que a tendência é que andem ainda mais. Acredito que poderia ter até 10% por aqui.

Ações: este mês foi bastante atípico, sendo que não comprei nenhuma ação e destinei todo o dinheiro novo para o TD Selic. Pode parecer um contra-senso, porém com a grande arrancada da bolsa, minhas ações passaram a representar um % maior na carteira, o que fez com que eu fizesse algumas pequenas vendas, apenas para equilibrar. Vendi um pouco de VVAR3 e EZTC3 que subiram muito e praticamente dobraram nos últimos meses. Acredito que as duas tenho esticado um pouco e podem ter alguma correção antes de uma nova grande subida. Tenho ficado de olho em OIBR3, UGPA3, SUZB5. A primeira tem gatilhos que podem fazê-la destravar, a segunda só caiu neste ano, enquanto quase tudo subiu, além de ser uma excelente empresa. Por fim, talvez a grande sacada seja a Suzano que deve seguir com suas ações em queda até a apresentação dos resultados do terceiro trimestre, pois o valor da celulose segue em queda e não deve melhorar até lá, assim como o câmbio deve continuar cedendo. Acredito que abaixo de R$ 30 já é uma boa opção e certamente abaixo de R$ 25 seria o momento de montar uma boa posição.

Fundos de Ações: aqui a volatilidade talvez seja a parte mais legal do fundo Alaska Black, onde quando cai, simplesmente se compra mais. Tivemos um belo salto no mês e segue surpreendendo positivamente.

Fundos Multimercado: sigo um tanto frustrado com o desempenho do Adam Strategy, mas firme na tese de que é um bom gestor e de que está comprado em seguros caso algo pior aconteça pelo mundo.

Tesouro Direto: os indexados IPCA e Prefixados me parecem bastante esticados e acredito que a queda da Selic já esta nas taxas. Seguirei fazendo vendas gradativas, sempre que atingir o IR de 15%, pois no momento vejo mais risco de perder do que ganhar por aqui. Quanto ao TD Selic, vai pagar cada vez menos, porém é necessário para se ter segurança e caixa em momentos de stress. Acredito que 30% do total do meu dinheiro deva ficar em aplicações de baixíssimo risco.

CDBs e Debêntures: não vejo grandes opções que realmente chamem atenção, portanto não tenho acompanhado muito. Prefiro muito mais dedicar meu tempo aos ativos da bolsa. De modo geral, destaco apenas que a debêntures tem risco de crédito e isso deve ser considerado ao se avaliar taxas mais rentáveis nestes ativos.

Interactive Brokers: este mês esteve mais equilibrada, porém esta aplicação só me enche de alegria, pois além dos bons rendimentos, é bastante diversificada em nível global, além de ter seguros embutidos com uma grande parcela em Ouro. Gostaria de enviar mais USD, porém ficarei na espera de um câmbio por volta de R$ 3,60.

Mais um mês com a carteira caminhando a passos largos, o que me faz acreditar que as estamos seguindo um bom caminho. Importante ressaltar que acredito que a volatilidade da minha carteira hoje seja de aproximadamente 15% caso haja uma grande crise global, o que faz dormir razoavelmente tranquilo, pois é algo que entendo e aceito.

Gostaria muito de terminar o ano com R$ 950.000 e acredito que será possível alcançar o número ao final de 2019. Seguimos em frente!

Abaixo os valores de cada aplicação que tenho:

12 de julho de 2019

Não se Limite


A corrida da vida começa igual para todos e a cada dia nascem pessoas que iniciam sua jornada do zero. Pessoas comuns que terão que aprender tudo, até mesmo a andar e falar. Pense no que você já passou, viveu, aprendeu e se esforçou ao longo da sua vida. Certamente não foi fácil chegar até este momento e muito menos seria começar tudo de novo. 

Fico pensando às vezes que, pessoas que ainda não nasceram terão grande sucesso e ficarão milionários. Estas mesmas pessoas vão competir com você e comigo e mesmo em grande desvantagem, podem nos ultrapassar facilmente. Mas afinal, o que eles farão diferente de todos nós?

Mesmo que o mundo tenha mudado e que as exigências sejam cada dia maiores, estas são regras que valem para você, mas também para todos que te cercam, ou seja, está dificil para todos.

Apesar das grandes exigências, o acesso a informação está cada dia mais fácil. Os smartphones criaram algo realmente maravilhoso, pois além do acesso a informação, muitas vezes gratuita, você pode acessá-la em qualquer lugar. Ter acesso a conteudo de forma ilimitada nos dá tantas opções que temos que escolher quais queremos.

Passamos de um modelo em que antes era fácil apontar as vantagens de quem estava em um grande centro ou com acesso as melhores opções de estudo, para outro onde a vontade e determinação são tão importantes quanto. Depende muito mais de você mesmo buscar o conteudo e se aprofundar. Esta responsabilidade pesa sobre os nossos ombros, uma vez que nos permite sermos o que quisermos. Então afinal, o que te limita, além de você mesmo?

Se pergunte por não buscou a melhor faculdade do mundo na sua área. Se não a melhor do mundo, ao menos do seu país ou estado. O que te impede de sonhar grande? De acreditar que você pode fazer a diferença e ir além dos seus sonhos? É difícil de responder, mas de alguma forma, buscamos desculpas para não irmos atrás de nosso objetivos, geralmente creditando a fatores não controláveis a razão do insucesso.

Apesar destas dificuldades a cada dia, após uma longa noite de sono, começamos do zero. Como se o sono fosse uma oportunidade que a vida nos dá de recomeçar como uma nova pessoa. Algo que só depende de nós, porém que a nossa memória tentará nos limitar em razão de experiências passadas.

Afinal, por que nos colocamos limites? Somos educados a seguir regras. Em todos os momentos da vida tentamos moldar nosso comportamento de modo a nos enquadrarmos em um modelo. Naturalmente que é compreensível que existam limites para o bom convívio em sociedade, mas no fundo, existem diversos temas em que acabamos seguindo orientações que nunca recebemos.

Estas amarras que nos colocamos servem apenas para limitar a criatividade e pensamento diferente do trivial. Gosto de pensar que não existem limites para a criatividade, para as boas ideias, para um bom argumento ou simplesmente aquela dúvida que todos tem, mas ninguém tem coragem de perguntar.

Seja um inconformado com os problemas que te cercam. Não aceite que as coisas sempre foram assim ou que você deva fazer por que alguém mandou. Discordar sem argumento é teimosia, porém com boas razões é um grande sinal de inteligência. Busque soluções diferentes, pois fazer o que você costuma fazer ou o que todos fazem, certamente não vai te diferenciar em nada.

A grande vantagem está com quem não aceita tudo o que lhe é imposto e se coloca na posição de protagonista. Aquela pessoa que entende que pode mudar o mundo ao seus redor e fazer com que sigam as suas regras. Não se trata de ser do contra, mas e questionar tudo o que pode ser feito de uma forma melhor.

Parece difícil, mas começa muitas vezes com um sonho. Aquela vontade de fazer algo grande e diferente. Uma vontade que está dentro de você, mas que precisa de uma ajuda para criar asas e sair voando. Neste sentido, sonhe alto e não se imponha limites. 

Acredite que uma das histórias de sucesso podem ser a sua. Basta crer que o seu projeto ou ideia  podem ir adiante e dedicar seus esforços que os resultados irão aparecer. Não deixe que as críticas ou fracassos te tirem do caminho. Errar faz parte do jogo e cabe a nós, após mais uma longa noite de sono, recomeçar a cada dia nossa jornada em busca daquilo que queremos.

Amizade


Na vida temos diversas formas de relacionamento. Temos os pais, irmãos, familiares, colegas de trabalho, vizinhos, conhecidos, entre outros. Alguns escolhemos, outros a vida simplesmente coloca no nosso caminho, entretanto existe um grupo em especial, que é o dos amigos.

Não me refiro a pessoas que conhecemos e falamos algumas vezes, tampouco das pessoas que te seguem nas redes sociais. Falo daquelas poucas pessoas, que podemos contar nas mãos e que são muito próximas. Aquelas pessoas que compartilham momentos da nossa intimidade, nossas angústias e vitórias.

A melhor parte aqui é que apesar de podermos escolher os amigos, na maioria das vezes, são eles que nos escolhem. Alguns chamam de química, outros de empatia. Eu não sei qual é melhor definição, apenas sei que nos sentimos mais confortáveis em aproveitar nosso tempo com estas pessoas. São aquelas mesmas que você vai querer ver nos melhores e piores momentos da sua vida. Quando você estiver feliz, irão rir com você, e, mesmo quando as coisas estiverem mal, vão chorar junto, mas mais do que isso, vão te apoiar. 

Cultive suas amizades, dedique o seu tempo a quem você gosta. A vida passa muito rápido e não há tempo a perder. Valorize seus grandes amigos. Estas são algumas das pessoas que mais torcem pelo seu sucesso e é justo que queiram participar dele.

De nada adianta você ter uma bela casa se não tiver os amigos para desfrutar com você. Estar sozinho pode ser bom em muitos momentos, mas estar bem acompanhado é muito melhor.

Abra seu coração, divirta-se, chore, sorria! Sim, curta cada momento e diga a estas pessoas o quanto você gosta delas. Externalize seus sentimentos, pois elas precisam saber o que passa dentro de você.

No fim das contas, não há nada melhor que sentar com amigos e simplesmente bater um bom papo. Curta sua vida com quem curte você.

1 de julho de 2019

Relatório de JUN/19 - Agora Vai!


Mais um mês que se passa e seguimos à espera da reforma da previdência. De certa forma tenho a sensação de que há dez anos temos grandes expectativas no Brasil, porém elas não se materializam. Logo após a crise do 2008-2009, a isenção de IPI nos automóveis e linha branca, além dos juros baixos da Caixa Econômica já mostravam que a economia no Brasil só andaria com algum tipo de subsidio. Em 2014 manifestações de jovens já demonstravam aquilo que todos sabiam, mas tinham dificuldade de externalizar. 

Algo estava errado. A forma que encontramos foi reclamar do aumento da passagem de ônibus, mas no fim das contas isto acabou culminando no impeachment da Dilma em 2016. Dois longos anos se passaram, com o Temer à frente do pais, sendo que tivemos o Joesley Day (2017) e a Greve dos Caminhoneiros (2018). Estamos há uma década patinando sempre imaginando que logo à frente veremos a solução.

Eu particularmente espero e torço muito para que o momento tenha chegado. Estamos mais perto do que nunca da reforma da previdência e ao que parece em julho a veremos aprovada. Acredito que chegará a tempo de animar o mercado e que pode vir próxima a 1 trilhão de economia em 10 anos. Naturalmente que sozinha não resolverá a crise de confiança e de investimentos, porém ao que tudo indica, teremos um grande pacote de medidas do governo com o intuito de injetar dinheiro para ativar a economia. Para funcionar tudo tem que ocorrer no tempo correto e espero que desta vez vá.

Posto isso, o mercado parece ter se animado e fez a bolsa andar. Saímos de 97.000 em maio para chegar a 101.000 ao final de junho. Uma bela variação positiva e já começam a surgir os mais otimistas que prevem uma grande alta até o final do ano. Eu prefiro acreditar que não passaremos de 120.000, o que já seria um grande feito e certamente destacaria como um ótimo investimento em uma economia com menos de 4% de inflação.

Veja abaixo o que penso dos ativos em que invisto.

FIIs: as cotas deram uma boa avançada com a expectativa de queda de juros. Acho que vale muito a pena se posicionar no momento neste tipo de ativos, pois acredito que com a Selic abaixo de 6%, esta será disparada uma das melhores opções para rendimento mensal.

Ações: em linha com o que postei no último mês, busquei comprar as ações que estavam no meu radar e que caíram muito recentemente, como é o caso da GUAR3 e BRKM5. A primeira segue caindo há alguns meses com a frustração com o mercado brasileiro que insiste em não crescer, já a segunda sofreu um grande golpe com a desistência da sua possível compradora. Mesmo assim, entendo que uma empresa que apresente bons resultados tem sim espaço na minha carteira mesmo com estas dificuldades. Abaixo de R$ 35 em parece uma ótima compra. Não pretendo fazer novas compras por aqui, ficarei esperando a próxima onda de pessimismo, pois estou no meu limite pessoal de alocação em ações.

Fundos de Ações: por aqui nenhuma grande surpresa, apesar das ações do fundo estarem com resultado abaixo da valorização da minha carteira. Note que eu não somo os dividendos aos resultados das ações, o que daria um diferença ainda maior. Sigo acreditando no case no longo prazo, mas sempre me questiono se realmente vale a pena. Tenho apenas o fundo Alaska Black.

Fundos Multimercado: tenho apenas dois fundos, sendo o Adam Strategy e o Kapitalo Kappa. É curioso como os resultados colocam o gestores em foco. Há algum tempo não tenho ouvido falar do Marcio Appel do Adam. Quando o fundo estava voando, ele não saia das noticias e agora anda um tanto esquecido, assim como o resultado de seu fundo. Como a visão é de longo prazo, entendo que haja uma injustiça nesta análise, por isso mantenho minha posição nos dois apenas como forma de diversificação.

Tesouro Direto: me parece que com os prefixados por volta de 7% e os indexados IPCA abaixo de 4%, não há muito mais o que fazer. Comecei a vender gradativamente os investimentos nestas duas classe que já possuem mais de 2 anos e cobram 15% de IR sobre o rendimento no momento do saque. Acredito que a possibilidade de cair hoje é menor do que a de subir, por isso não pretendo comprar nada no momento e devo manter as vendas de forma gradativa. Por outro lado o Tesouro Selic, mesmo rendendo pouco, ainda me parece uma boa opção para investimentos com baixo risco. Se você tiver 70% da carteira rendendo 6% (TD Selic) e outros 30% (Ações) rendendo uns 30%, isso ponderado daria uns 13% ao ano. Parece bastante razoável em um país com inflação de 4%, além do que as ações ainda devem gerar algum dividendo, algo como 1% ao final da conta.

CDBs e Debêntures: sem grandes oportunidades, apesar de que existem ainda opções com IPCA + 6%. Apesar da tentação, seguirei alocando capital no TD Selic para chegar aos 50% de capital protegido, porém acho que ainda existem boas opões por aqui, porém há risco de crédito nas debêntures.

Interactive Brokers: a estratégia parece ter deslanchado e acredito seguirá caminhando bem. Minha aposta sempre foi em queda do juros no Brasil, no USA e bolsa subindo nos dois lados com muito risco pelo mundo. Este cenário me faz ganhar em todas as pontas e tenho certeza que vale a pena ter um pouco em dólar e ouro para equilibrar as contas em um cenário adverso e com perdas.

Criptomoedas: acho que vale uma menção aqui do quanto me frustro com estes ativos. Vendi há alguns meses e agora quando vejo valorização recente tento fazer contas de quanto teria ganho se só tivesse mantido na carteira. Certamente não deveria ter me desfeito, porém já foi e o melhor que posso fazer é seguir firma à minha estratégia e não retornar.

Seguimos animados com o Brasil e esperançosos, afinal o sucesso do pais é o nosso sucesso. Apesar da paixão, assim como vem sendo falado há tempos, sigo preocupado com o que pode ocorrer lá fora. As reportagens e videos alardeando a liquidez pelo mundo e o alto endividamento dos governos assusta, pois coloca os países em patamares nunca antes visto. Estamos navegando por novos caminhos e os resultados podem ser imprevisíveis. A minha ideia é manter pelo menos 50% da carteira em ativos seguro que em caso de uma grande crise não seriam afetados. Se por uma lado perco rendimento, por outro durmo menos preocupado e espero aproveitar as oportunidades na próxima grade queda.

Por fim, 3 anos de Blog chegando a R$ 833k. Nunca achei que conseguiria, na minha realidade chegar a R$ 1 milhão em menos de 3 anos, porém acho que cheguei bem perto, o que me deixa muito feliz. No começo do próximo ano alcançaremos o objetivo. É impressionante como é uma bola de neve e a cada mês cresce mais rápido.

Veja abaixo um resumo dos meus investimentos:

2 de junho de 2019

Relatório de MAI/19 - Luz no Fim do Túnel


Sell in May an Go Away! Assim começamos o mês de maio, como uma continuação do pessimismo que temos vivido nos últimos meses.

Eu sinceramente achei que seria apenas a repetição dos meses anteriores, com grande volatilidade, vendo a bolsa flutuar entre 90 e 100 mil. Talvez esta seja a grande oportunidade que a bolsa de valores nos oferece, pois quando ninguém mais aposta que as coisas podem ocorrer de forma diferente, ela simplesmente surpreende.

Na última dezena do mês voltamos a ver os ativos brasileiros se valorizarem até o fechamento em junho em 97.000 pontos. De modo geral não tivemos nenhuma grande mudança, exceto pelo entendimento politico de que Brasilia deu alguns pequenos sinais positivos em relação a aprovação da reforma da previdência. Até mesmo o evento pró Bolsonaro surpreendeu e teve apelo popular cobrando a reforma. Quem diria que veríamos isso um dia. A verdade é que as pessoas querem ver o seu país crescendo e gerando oportunidades à todos. Já tentamos vários caminhos e, no fim das contas, não temos muito mais a perder após mais de 4 anos de um país que não deslancha como se espera.

Não devemos esquecer os pontos que sustentam nossos investimentos e que guiam o Brasil. O Juros seguem caindo, a inflação está baixa, há uma grande capacidade produtiva ociosa e há mão de obra de qualidade abundante. Com as reformas é muito improvável que nossa nação não cresça em um cenário destes.

Abaixo um resumo do meus investimentos:

FIIs: segue andando de forma lenta, porém firme. É importante ressaltar que este tipo de ativos tende a ser assim e se ganharmos 4% por ano nas cotas e mais de 6%, livre de IR, de rendimento mensal, me parece a melhor opção do mercado para se ter uma renda passiva regular. A possível queda da Selic pode acelerar a apreciação das cotas até o final do ano.

Ações: o ano tem sido de grande oportunidade para comprar bons papéis a preços razoáveis, principalmente depois que a bolsa atingiu 100 mil pontos e em seguida caiu 10%. Note que o índice é uma média, porém houveram diversos bons papéis que caíram muito mais, criando janelas de oportunidade. Nesta linha comprei um pouco das ações que estava de olho já no último mês (UGPA3 e GRND3). A primeira tem um longo histórico de entregar resultados, porém tem tido dificuldades no últimos tempos, porém os valores devem melhorar em alguma momento. Mesmo sendo considerada uma ação cara, acredito que depois de cair 50%, não me surpreenderia se ela subisse 50% com a retomada da economia e do consumo. A própria privatização da BR Distribuidora deve ter algum impacto positivo. A Grendene é uma empresa que está sobre uma montanha de dinheiro, porém tem piorado seus resultados operacionais. Não me preocupa e acho que historicamente está muito barata. Em linha com estes dois casos, comprei MDIA3 que parece ter caído ainda mais, porém deve retomar seus bons momentos, tão logo o país volte a crescer. Outro bom exemplo é a GUAR3 que tem feito movimentos de alta e baixa, com muita volatilidade. Acho que é uma ótima empresa, com bom padrão (entre na Riachuelo e compare com uma loja da Renner). O preço é extremamente baixo e deve surpreender na retomada do crescimento. Por fim, comprei uma ação que está bastante desacreditada, mas que possui um gatilho de venda, que é a BRKM5. Acredito que possa ser facilmente vendida a R$ 50, mas há a expectativa de que a venda possa superar os R$ 60 por ação. Comprando abaixo de R$ 40, me parece que o risco é baixo para um ativo que dá lucro e tem histórico de bons resultados. Por fim, o mercado tem acompanhado o caso da VVAR3 que está absurdamente barata e possui diversos interessados. Podemos ter uma grande surpresa por aqui e poderemos ver a ação acima de R$ 8 sem grandes esforços.

Fundos de Ações: tivemos um pequeno ganho por aqui, todavia inferior ao apurado nas ações em geral. O racional neste caso é ter uma carteira diferente da minha com ativos em que eu não invisto, como por exemplo a Suzano. Sigo confiante, sem qualquer preocupação com a gestão do fundo Alaska.

Fundos Multimercado: nenhuma novidade por aqui, pois os fundos rendem por volta de 9% ao ano em um cenário com uma Selic de 6,5%. Parece pouco, entretanto adequado para ativos que tem tido baixa volatilidade. Imaginei apenas que ganhariam mais com a queda recente dos juros.

Tesouro Direto: a visão de que havia uma distorção entre o TD Prefixado e o IPCA fazia sentido. Vimos recentemente as taxas caírem bastante e na faixa de 4%+IPCA me parecem mais adequadas a um mercado que pode ter um SELIC abaixo de 6,5%. Ainda assim acredito que o mercado pode levar as taxas próximo a 3,5%. Não pretendo comprar mais no momento, porém também não pretendo vender. Entendo que possa ser um bom momento para vendas, mas manterei tudo em carteira. Quanto ao TD Selic, fiz uma grande compra para equilibrar a divisão da carteira. Apesar do baixo rendimento, me da a tranquilidade de ter um bom valor no caso de qualquer emergência.

CDBs e Debêntures: sigo em busca de algum ativo com IPCA acima de 5% e Prefixado acima de 10%, mas não tenho acompanhado muito de perto. Me parece que a bolsa pode trazer melhores resultados neste momento.

Interactive Brokers: a carteira está equilibrada e não tem variado muito. Este ativo serve como seguro, pois está em Dólares e possui uma boa parte em Ouro. Acredito que o câmbio deve cair ao longo do ano com a aprovação da reforma, o que em principio fará o valor cair em R$, porém espero valorização do ativo como um todo.

Seguirei apostando na bolsa brasileira, porém mantendo boas reservas em TD Selic. Ainda podemos ter uma grande arrancada no ativos brasileiros e me parece que os bancos podem subir de 10 a 20% com as bases de lucros atuais. Não pretendo ter mais do que 30% em ações, assim como manterei o mesmo percentual em ativos do tesouro direto indexados a taxa de juros básica. 

No próximo mês completamos 3 anos de blog, saindo de R$ 90 mil até os valores atuais. A jornada tem valido a pena e no inicio do próximo ano espero chegar a R$ 1 milhão.

Seguimos em frente, confiantes no Brasil!