31 de março de 2019

Relatório MAR/19 - Oportunidade



Será o fim da lua de mel do mercado com o novo governo federal? Dizem que o mercado, o congresso e a mídia dão uma trégua de 100 dias para os novos governos. Me parece razoável, exceto pelo fato de que no início do ano o congresso não trabalha. Ademais, tivemos o carnaval só em março, o que atrasou o início das atividades pra valer no Brasil.

O governo certamente precisa se posicionar e fazer a tão falada reforma da previdência andar, porém em alguns momentos temos que esquecer o micro e lembrar do macro. O Brasil precisa da reforma para não quebrar. Neste sentido, apesar da ansiedade do mercado, ela vai acontecer. É algo praticamente certo, dada a nossa necessidade de sobrevivência, afinal não podemos matar o hospedeiro. Posto isso, tudo o que ocorrer no caminho são apenas percalços.


Voltando para o micro, claro que eu me preocupo no dia a dia, mas confesso que aprendi a gostar das quedas para fazer novas compras. Entendo que alguém que faça compras poucas vezes no ano, poderá ter ótimos retornos, desde que tenha paciência para esperar os momentos de stress. Não digo que há como acertar topos e fundos, mas dava para imaginar que a bolsa subindo 15% logo no início do ano, teria alguma correção caso a previdência não fosse aprovada. Não era uma certeza, apenas uma grande probabilidade.


Após uma correção trazendo de 100 mil pontos para baixo de 92 mil, acredito que tivemos papéis de primeira linha com preços atrativos. Entendo que os mais afetados são os ligados à ação do governo, como BBAS CMIG, entre outros. Outra oportunidade sensacional é a compra de ITSA que esteve com uma queda de aproximadamente 12%. Sigo enxergando uma boa oportunidade em HYPE, além de OIBR e VVAR. Todas tiveram descontos de mais de 10% em relação ao topo.


Sempre fica aquela pergunta, mas é hora de comprar? Acho que sim. Seguramente que a bolsa pode cair mais e o mercado pode conviver com suas dúvidas até o segundo semestre. Além disso, o mercado externo pode guardar suas surpresas, porém acho que o desconto neste nível em pouco espaço de tempo abre um grande janela para compras.


Pretendo fazer um bom aporte para aproveitar o momento. Lembre-se que no patamar atual ITSA distribui por volta de 7% de dividendos ao ano. É mais do que a Selic, na melhor ação da bolsa. Simplesmente imperdível. Aproveite a oportunidade!


Veja abaixo minha visão sobre o mercado:


FIIs: parece que a reforma deve demorar, porém o mercado se antecipou e já valorizou alguns ativos. Segue sendo uma boa aposta para a recuperação da economia, porém me parece ótimo para quem tem grandes somas, pois gera renda mensal isenta de IR.


Ações: não tenho dúvidas em ir atrás das ações líquidas com grandes quedas, pois são elas mesmo que irão subir caso a previdência seja aprovada. Gosto especialmente de BBAS e ITSA.


Fundo de Ações: tivemos uma bela queda por aqui, mas em linha com a bolsa em geral. Sempre uma grande oportunidade de compra. A melhor parte do Alaska é a volatilidade, portanto, compre sempre que cai.


Fundos Multimercado: andando de lado, sem grande novidades. Já li diversas vezes que os fundos multimercado ganham muito na queda dos juros, mas não se dão muito bem com a subida da bolsa. Continuam me frustrando, porém sigo acreditando que no longo prazo irão se recuperar. No momento me parece que a melhor aposta é sacar estes ativos, todavia seguirei firma as minhas ideias iniciais.

Tesouro Direto: os juros estão em níveis que não me estimulam investir mais. Me parece que o risco atual já não oferece a oportunidade de um ou dois anos atrás. Prefiro manter o que tenho e esperar para ver se as coisas vão ficar mais tensas. Para mim, títulos prefixados, comprarei somente acima de 10% e indexados IPCA, acima de 5%. De resto, sigo aportando no TD Selic, de modo a criar um colchão de segurança para situações pessoais e para uma possível grande oportunidade em caso de grandes quedas na bolsa e subida dos juros.


CDBs e Debêntures: com o stress atual voltaram a surgir algumas oportunidades. Acho que vale a pena voltar a dar uma olhada.


Interactive Brokers: minhas apostas certamente começaram a dar certo com a subida da bolsa americana. Sigo com parte em ações americanas, sendo um parcela em índices de ações de tecnologia. Tenho também algo de ações mundiais e Ásia. Por fim bolsa brasileira e uma boa parcela em ouro. Este último como segurança em caso de grandes quedas. De modo geral a aplicação em dólares já é um seguro.


Sigo otimista de que este ano será bom, assim como o governo atual de 4 anos será um sucesso econômico. Se a Selic for a 6%, com a inflação abaixo de 4%, grande disponibilidade de mão de obra e ociosidade nas fábricas, não há como o Brasil não crescer. Está fácil, só depende de nós.


Acho que a bolsa seguirá firme até o final do ano fechando por volta de 120 mil pontos. Compre bolsa e comemore no Reveillon!

6 de março de 2019

Relatório de FEV/19 - Aguardando


O Brasil tem pressa, mas infelizmente temos que esperar. Encerramos o segundo mês do ano e nada mudou. Seguimos aguardando as tão sonhadas reformas necessárias para sustentar o crescimento do país, porém cada vez mais este Brasil se parece com o que já conhecíamos. Sonhamos com um país diferente, entretanto, a realidade trata de nos lembrar que as mudanças tem o seu ritmo. Não é novidade que o ano começa só depois do carnaval,  espero apenas que as expectativas depositadas em 2019 não nos frustem novamente.

A bolsa brasileira parecer ter parado um instante para algumas correções, o que me se mostra saudável, após o último rali. De modo geral, sigo achando a bolsa um pouco esticada, mas nada que a impeça que fechar o ano em 120.000 pontos. 

Segue abaixo um breve resumo dos ativos em que invisto:

FIIs: sem grande mudanças por aqui, mas acho importante notar que o rendimento destes ativos está próximo a 6%a.a. com um rendimento adicional de aproximadamente 6%, sem a incidência de IR. Com a Selic a 6,5%, me parece um ótimo resultado, além de ficar exposto a um possível novo ciclo imobiliário positivo.

Ações: o mercado deu uma leve corrigida, algo por volta de 3%. Se por um lado o patrimônio encolhe, por outro, abrem-se oportunidades de compra. Uma ação que me chama muito atenção é a HYPE3, que segue caindo. Os últimos resultados foram um tanto decepcionantes na análise trimestral, porém seguem sendo bons na visão anual. Neste sentido comprei 200 ações da cia, sendo parte a R$ 28,34. Vejo grande potencial neste papel e acho que vale a compra para o longo prazo. Além deste papel, comprei 400 ações de VVAR3 a R$ 4,74 que caiu ao longo do mês em razão das vendas por parte de sua controladora. Além das compras,  aproveitei e vendi 100 ações de VALE3 a R$ 46,78, uma vez que as havia adquirido no mês anterior pelo valor de R$ 43,04. Estou acompanhando algmas ações, sendo que tenho interesse em comprar algo de OIBR3 na faixa de R$ 1,75 e TAEE11 por volta de R$ 21,00. A ITSA4 abaixo de R$12,00 volta para o meu radar e acho que posso comprar um pequeno lote de até 300.

Fundos de Ações: seguem em linha com o desempenho da bolsa, portanto não tem me chamado muito atenção. Novas compras somente se tivermos uma grande queda na do Ibovespa.

Fundos Multimercado: continuam com um rendimento razoável de 9,5% ao ano. Se compararmos com a Selic, ainda me parece bem positivo. De toda forma, precisam apresentar mais resultado, principalmente se expondo mais à bolsa.

Tesouro Direto: mais um mês que passa e os indexados IPCA ganharam de longe dos prefixados. A conta já me parece equilibrada e daqui pra frente não espero mais grande diferença entre os dois. Vale pontuar que frente ao mercado de renda fixa privado, ainda me parece uma grande oportunidade investir em títulos para quem quer uma renda no longo prazo. A 4,5% de juros ao ano, os indexados com prazos longos oferecem neste momento taxas superiores ao a debentures e em linha com CDBs, com a vantagem de terem prazos longos, pagamentos semestrais e risco mais baixo. Se os juros no Brasil se mantiverem baixos e a Selic cair ainda mais, podemos ter novos ganhos por aqui.

CBDs e Debenturês: sigo longe de novas compras por aqui. Prefiro colocar meu dinheiro seguro no TD Selic e arriscar na bolsa. Ainda acho que deveríamos ter um mercado secundário de Debenturês com grande liquidez e valores com spread menor. Não vejo movimentação neste sentido, mas acho que ainda podem acontecer.

Iteractive Brokers: minhas aplicações deram uma pequena recuada, mas nada que me preocupe. Vou manter minha carteira com ações americanas, asiáticas, ouro e bolsa brasileira. Sigo achando que veremos o EWZ acima de USD 50 até o final do ano.

Acredito que a bolsa ainda possa corrigir mais, o que traria novas oportunidades de compra, portanto, seguirei esperando. Quanto ao momento internacional, penso que teremos novidades positivas em breve a respeito da guerra comercial entre China e USA, uma vez que os dois perdem com o impasse.

Aqui no Brasil, leio algumas previsões de câmbio para cima, o que para mim é um surpresa, pois achava que veria o mesmo abaixo de R$3,30 em uma ano de reformas. Naturalmente que ainda temos muita estrada pela frente, então temos que esperar para entender melhor.