30 de agosto de 2018

Relatório de AGO/18 - Eleições 2018


Finalmente começaram as eleições 2018. As discussões até recentemente sobre a copa do mundo de futebol, ficaram para trás, assim como muitos outros assuntos do cotidiano. Se até então as decisões eram tomadas com base em dados econômicos, neste momento só o que importa é o pleito pela faixa presidencial. Não há mais lógica nem números, apenas uma corrida para ver que chegará na frente para dirigir uma das maiores economias do mundo.

Os mercados seguem afoitos tentando digerir cada nova pesquisa eleitoral. A cada semana temos uma novidade que coloca algum candidato no segundo turno, mas a grande verdade é que ninguém sabe o que acontecerá. O fato de termos um ambiente anti politico, permitiu que tivéssemos vários candidatos com chances reais de vitória, o que no fim das contas dificulta a decisão do eleitor. Era tão fácil quando tínhamos a polarização PT e PSDB, mas agora este ambiente plural parece mais confundir do que ajudar.

Seguiremos neste ritmo até o final do segundo turno e até lá ainda teremos um longo para percorrer. Certeza, somente da volatilidade e oportunidades que poderão ser lembradas no futuro, em análises em retrospectiva, da obviedade do momento. É difícil de saber se estamos em frente a um mar de oportunidades ou ameaças.

Destaco abaixo minha visão de cada classe de ativos em que invisto:

FIIs: mantenho minha visão do mês anterior. Os fundos imobiliários caíram bastante nos últimos meses e diversos apresentam oportunidades de entrada, uma vez que o mercado segue em compasso de espera da definição do novo presidente. Acho que ainda é um bom momento de entrada, porém com as aquisições que fiz no últimos meses, estou satisfeito com participação desta classe de ativos na minha carteira.

Ações: acho que as eleições ainda podem guardar muitas surpresas nos próximos 45 dias, portanto temos que estar preparados para compras, caso tenhamos quedas próximas de 70.000 pontos novamente. Como não tenho a intenção de acertar o fundos, continuo fazendo compras regulares. Segui de forma bastante conservadora comprando 700 ações de ITSA com preço médio de R$ 10,00. Apesar de não ser uma pechincha, para uma ação de primeira linha com dividendos de quase 10%, me parece ser uma opção que voaria com a volta dos gringos para bolsa brasileira. Além desta comprei 100 PETR4 a R$ 19,87, pois acredito que além da alta liquidez a ação tem sofrido muito após a greve dos caminhoneiros com a desconfiança do governo, mas que pode surpreender em um novo governos reformista. Aproveitei para vender um pouco de BRKM5 que bateu em R$ 60,00, mas que pode ir ainda mais longe. Neste momento, apesar da grande queda nas SmallCaps, ficarei de fora até o fim das eleições. Existem 3 ações que me chamam a atenção pela qualidade das empresas e ao mesmo tempo oportunidade de compra, que são HYPE3, GUAR3 e UGPA3. Talvez em breve eu faça algumas compras destes ativos.

Fundos de Ações: fiz compras na ordem de R$ 8.000 do Alaska Black e apesar de ter caído, ainda acho que pode dar grandes alegrias. Aqui a ideia está alinhada com as demais ações acima. É tentar comprar em momentos de insegurança como o que estamos vivendo para tentar surfar a onda de alta que espero que vejamos à frente.

Fundos Multimercado:  seguem parados desde o última grande queda da bolsa. Espero que aproveitem o próximo rally de alta, afinal os fundos tem grande volume e podem ajudar nesta arrancada.

Tesouro Direto: os juros prefixados para 2025 passaram dos 12% ao ano, o que me parecem um ótima taxa. Os indexados IPCA parecem ter tido uma leve queda, mas nada que tenha os deixado desinteressantes, porém ganhos relevantes, somente após as eleições. Esta parece ser uma época de plantação, pois colheremos somente em 2019.

CDBs e Debêntures: tenho visto oportunidades de títulos prefixados acima de 14% e até mesmo na faixa de 15%. Estas taxas já se assemelham aos piores momentos do governos Dilma, o que não pode nem ser comparado com o momento atual. Esta assimetria me parece convidativa, mas certamente por detrás do alto retorno paira a dúvida sobre quem será o novo presidente.

Criptomoedas: sigo acompanhando de longe, sem grandes expectativas. Tenho apenas Bitcoin e Ethereum, este segundo com grandes quedas recentes. Nada que me preocupe, uma vez que mantenho minha carteira abaixo de 1% neste tipo de ativos.

Interactive Brokers: o hedge em dólares parece funcionar muito bem em tempos de incerteza, como o que vivemos agora. O câmbio passou de R$ 4,00 e parece que valores abaixo de R$ 3,50 são apenas uma vaga lembrança, apesar de terem ocorrido recentemente. Sigo feliz com a posição, porém confesso que preferiria perder por aqui e ganhar em aplicações produtivas que geram empregos e giram a economia do mundo real. Comprei mais um pouco de EWZ, que combina uma conta atraente de câmbio e bolsa brasileira. A queda dos ativos no Brasil e depreciação da moeda, fazem com que o ETF caia sob a pressão de duas variáveis combinadas e que pode tubinar os ganhos caso a situação se reverta. Esta talvez seja uma das minhas maiores apostas. Vendi minha posição em HMMJ, uma vez que tive um bom lucro.

Sigo acreditando no Brasil e que estamos em um bull market na bolsa. O tempo dirá se isto procede ou não, mas o resultado das empresas nos dão uma boa dica de como antever este movimento. Espero ter paciência e estômago para ver o sobe e desce dos ativos e seguir fiel a minha estratégia.

Pretendo manter reservas para compras em caso de oportunidades excepcionais que possam surgir, ou apenas para me dar a tranquilidade de saber que tenho reservas para momentos de emergência. Sigo como meta pessoal em busca do R$ 1 milhão já no final de 2019. Sei que parece difícil, mas ainda assim me parece possível.