30 de dezembro de 2019

Relatório de DEZ/19 - Hora de Comemorar!


Mais um ciclo se encerra com o fim do ano de 2019. Há muito o que comemorar e assim como houve muito que foi aprendido. A grande graça está em aprender com os erros e também em comemorar os acertos. Este certamente foi um ano muito importante na minha vida pessoal e financeira, e por isto, faço abaixo uma breve retrospectiva de parte da minha vida. 

A minha jornada pessoal iniciou há algum tempo, pois completei recentemente 38 anos. Falando de investimentos, fiz, muito jovem, alguns ensaios em renda fixa, porém iniciei efetivamente na bolsa por volta de 2005, onde permaneci até 2008-2009. Ao longo deste período me aventurei de alguma forma no mercado de imóveis, e também no período posterior que durou até 2016, porém neste segundo momento de forma mais intensa. No total adquiri ao longo do tempo 8 diferentes imóveis e em breve devo adquirir mais um. Ao longo deste processo fiquei com apenas um imóvel, pois o intuito sempre foi multiplicar o patrimônio. O resultado desta compra e venda de imóveis foi bastante positivo e me ajudou bastante a entender o mundo dos negócios. O período atual iniciou em 2016 com o a retomada do investimento em ações que estavam em mínimas históricas e também, pois os imóveis não pareciam mais tão atrativos.

Com pouco dinheiro, ao longo dos anos foi fácil e me pareceu lógico colocar os esforços onde a rentabilidade era maior. Em alguns momentos pus grande foco em renda fixa, outros em imóveis e também em renda variável. Atualmente acredito que o melhor é equilibrar para todos os momentos econômicos, fazendo ajustes ao longo do tempo principalmente no dinheiro novo que entra.

Voltando para o período que inicia em 2016 com o blog, o mesmo teve duas fases, sendo a primeira de 2016-2017, bastante intermitente e desorganizado e 2018-2019, com relatórios mensais e uma definição muito mais clara dos investimentos, sempre visando mitigar riscos e auferir bons rendimentos no atual Bull Market da bolsa brasileira. 

Acredito que cometi muitos erros, porém tive ainda mais acertos. Seguramente que com a bolsa subindo mais de 30% no ano, isso não seria muito difícil. De qualquer forma, ao longo do tempo concentrei meus esforços naquilo que acho que exige menos de mim e maximiza os retornos, assim como me deixa tranquilo caso haja um descompasso mundial nos mercados.

O ano de 2019 em si foi muito bom, sendo que iniciamos em R$645k e terminamos em R$1.000k. Uma aumento significativo de mais de R$350k, mas que veio acompanhado de muito trabalho na vida real e uma grande mudança na carreira.

Faço abaixo um resumos do que pretendo fazer para 2020, de certa forma simplificando meu portfólio e dando atenção ao que realmente interessa.

FIIs: sem dúvida a grande aposta de 2019, pois a queda acentuada e inesperada dos juros (sim, ninguém apostava em 4,5% de Selic). Demorei para tomar minhas ações, mas ainda assim surfei grande parte da onda. Acho que ainda vale muito a pena para 2020, porém não espero mais tanta quedas na Selic e acho que os imóveis devem se valorizar pouco acima da inflação nos próximos anos. Posto isso, acredito muito nestes ativos, porém sem a euforia de 2019. Manterei algo como 5% por aqui.

Ações: o índice Bovespa se valorizou mais de 30% e certamente tivemos um ano memorável. Acho que 2020 pode nos trazer um fechamento de 150.000 pontos, então, fica aqui minha expectativa para o próximo ano. Não farei grande alterações na minha carteira de ações que tem grande parte em bancos, varejo, energia, commodities em geral e algumas small caps. No fim das contas, sempre alguma destoa para cima, mas na média segue o Ibovespa de perto. Manterei por volta de 30%.

Fundos de Ações: aqui uma grande dúvida e algo que sigo pensando e repensando. Tenho apenas um fundo, que é o Alaska Black com resultados fantásticos no últimos anos, com una carteira de ações bem diferente da minha. Admiro muito e tenho posto 5% do patrimônio, porém não gostaria de investir mais no mesmo. Vou buscar outras opções para 2020, mas ainda não me dediquei ao assunto. Acho que compensa, mais ainda prefiro o investimento direto em ações.

Fundos Multimercado: aqui provavelmente o grande aprendizado do período. Sempre que juros caem de suas máximas até um fundo, os Multimercados tem resultados extraordinários, que foi o que aconteceu em um passado recente. Após este período, entraram em uma nova fase com resultados pífios, provavelmente pela dificuldade de operar na bolsa. Ao longo do ano vendi um pouco do que possuía e há pouco tempo pedi o saque integral do Adam Strategy e Kapitalo Kappa. O primeiro um decepção sem tamanho e o segundo apenas para zerar a posição, pois ainda vinha performando algo por volta de 10%, o que me parece bastante razoável. Enfim, o dinheiro será dividido entre fundos de ações e TD Selic. 

Tesouro IPCA e Prefixado: aqui tenho uma visão bastante dividida. Por um lado, o melhor investimento que fiz nós últimos anos foi o tesouro direto. Com a queda dos juros, os retorno foram excelentes, porém não acredito que isto vá se repetir em 2020, pela simples razão de que as taxas estão bastante baixas. Ainda assim, ter um TD IPCA com 3% de juro real, não me parece nada mal na situação atual, como reserva de valor. Manterei minha posição, provavelmente sem novos aportes em 2020, com 5% do patrimônio.

Tesouro Selic: aqui uma reserva para emergências e um seguro para novas aplicações em uma virada de mercado. No primeiro caso, apenas para não perder em uma quebra geral de mercado, assim como fazer compras de ativos em promoção caso isto ocorra. Além disso, uma reserva de valor, caso algo sai errado na vida pessoal. Me sinto confortável com 30% do total.

Debêntures: um grande negócio e mercado fantástico que acredito que já deveria ter evoluído. Uma pena que parou no tempo e não tem um mercado secundário com liquidez e compra e venda pelo home broker. Do jeito que é administrado hoje, recomendo de modo geral distância. Os riscos são altos e a complexidade muito grande. Manterei o que tenho e não comprarei mais nada. Faria alguma exceção para boas empresas com bom rendimentos, o que não me parece pouco provável de existir.

CDBs e LC: este mercado perdeu sua atratividade com a queda da Selic, portanto o risco que tínhamos no governo Dilma foi superado pelo mercado que passou a oferecer taxas menores. Ainda vejo pontos fora da curva, como, por exemplo, do Banco Máxima. Acho que pode valer a pena, mas não tenho mais focado nisso.

Interactive Brokers: um sucesso tremendo e uma curva de aprendizado fantástica. Cometi diversos erros por aqui e entendi de forma bastante simples como operar minha carteira, portanto, acredito que estou mais consciente sobre as aplicações em USD. Seguirei apostando en EWZ (bolsa brasileira), bolsa americana e ações de tecnologia (em menor proporção), assim como um belo seguro em Ouro. Além disso, um pouco de ações asiáticas e XP. Gostaria de fazer pelo menos mais uma remessa de USD 5.000, talvez USD 10.000 ao longo de 2020. A ideia é manter 10% do patrimônio aqui. Buscarei fazer isso quando o dólar estiver abaixo de 3,80.

Em relação ao último mês, este foi completamente diferente do anterior e demonstra como podemos ficar otimistas e pessimistas em espaços de tempo muito curtos. Além disso, nos mostra como devemos tentar excluir a variável mídia sensacionalista a respeito de assuntos políticos e outros.

Vamos para 2020 em busca de R$1.250k. Um aumento real de R$250k, inferior ao ano atual, pois terei o desembolso em R$ na compra de um imóvel. De qualquer forma, me parece ser um grande desafio e estarei bastante satisfeito se chegar neste patamar.

Acredito que haverá uma nova janela de oportunidade na compra de imóveis, não pela grande valorização, mas por uma demanda consistente por imóveis acessíveis e de qualidade. Vou apostar nisso e acredito que em 2021-2022 colherei os frutos.

Como tudo na vida a jornada é mais importante do que a chegada. Atingida a marca de 1 milhão em 4 anos de investimentos, vou agora em busca de 2 milhões em 2,5 anos, ou seja, JUN/22.

Sigo em frente com as energias renovadas em busca dos novos desafios.

Feliz 2020!

1 de dezembro de 2019

Relatório de NOV/19 - Decepção


Mais um mês morno na política e economia internacional. As desavenças entre USA e China não foram sanadas, tampouco parecem perto de um fim. Evidente no momento, apenas que os impactos no país oriental parecem ser sentidos de forma mais forte que os Americanos. Esperamos os próximos capítulos desta novela que tem feito o mundo crescer menos.

No Brasil, olhando em retrospecto, me parece que as conquista de 2019 foram bastante significativas, apesar de que seus efeitos serão sentidos no médio e longo prazo. É difícil de entender o que o crédito mais barato pode fazer com as empresas, assim como o nosso governo pagando menos por sua dívida. Espero que venhamos a conhecer uma parte dos benefícios no próximo ano, pois há muita gente que precisa de uma oportunidade de trabalho e uma coisa está intimamente relacionada a outra.

Veja abaixo um resumo dos meus investimentos:

FIIs: a grande estrela do mês. Com a queda dos juros, estes ativos têm voado baixo. Me parece que as aplicações recentes foram um tiro certeiro.

Ações: continuo apostando em alguns cases que me parecem estagnados, como o caso da BRKM5. Sei que não tem data para acontecer, mas seguem subtraindo uma parte dos ganhos. Aproveitei para me desfazer e um pouco este mês, com lucro, assim como algo de UGPA3. Em seu lugar comprei CVCB3 que após uma enorme queda, me parece uma ótima aposta.

Fundos de Ações: houve uma pequena perda por aqui neste mês, mas nada que preocupe. Talvez seja hora de acompanhar o Alaska mais de perto para novas entradas.

Fundos Multimercado: seguem sendo a grande decepção do ano e sigo pensando em sacar algo mais. O fundo Adam segue andando de lado decepcionado novamente.

Tesouro IPCA e Prefixado: os prefixados tiveram uma pequena queda, porém os IPCA receberam um grande golpe. Talvez seja hora de reforçar as compras. Darei uma revisada ao longo de dezembro.

Tesouro Selic: segue cada dia mais como uma reserva para emergência e compras futuras em caso de quedas.

Debêntures: aqui mais um grande golpe. A XP marcou a ZERO as debentures RDVT11, o que me fez ter uma queda considerável. Vamos torcer para que algo volte ao longo do próximo ano com o desenrolar do processo.

CDBs e LCs: totalmente esquecidas, as antigas que tenho, seguem com um bom rendimento.

Interactive Brokers: tem sido muito importante para a carteira e me parece que as aplicações estão bastante equilibradas, além de contar com a subida do dólar. Sigo apostando na subida do EWZ cima de USD 50.

Este mês foi uma combinação de mais do mesmo e uma leve decepção. Confesso que ao final do período ao atualizar a planilha, acreditava que haveria tido bons ganhos ao longo do período, uma vez que a bolsa fechou no positivo. Para minha surpresa, parece ter sido um dos piores meses do ano para a carteira.

Busquei entender melhor onde ganhei e perdi. Apesar de me parecer lógico, continuo com um gosto amargo de quem esperava mais das aplicações. Faz parte do processo, mas fica aqui a reflexão.

Ainda acho que vou conseguir fechar o ano acima de R$ 950 mil. Vamos ver o que os próximos 30 dias me reservam.