22 de outubro de 2019

Relatório de OUT/19 - Decolando


Mais um mês de grandes emoções na bolsa. Renovada a máxima histórica, seguida pela aprovação da reforma da previdência. Se por um lado o mercado já esperava, por outro a confirmação parece ter tido um grande efeito positivo. Após muito tempo, podemos comemorar a tão esperada reforma da previdência. 


De certa forma é até curioso estarmos comemorando a perda de alguns direitos. Mas por outro lado, acho que as pessoas cansaram de esperar e resolveram aceitar a agenda reformista em troca do crescimento da economia. Não existe muita margem para um plano B, por isso, tem que dar certo.

A bolsa segue subindo e apesar dos altos e baixos, este até que tem sido um ano tranquilo, se comparado com os anteriores. Não tivemos impeachment, greve dos caminhoneiros, Joesley Day, entre outros. Estamos acostumados a emoções, portanto, parece estranho ver as coisas dando certo.

Diversos sinais de ativação da economia demonstram o aumento do emprego, do consumo de energia, inflação baixíssima e juros com projeções na casa de 4,5%. Ninguém sabe o real efeito que isto pode ter na nossa realidade, afinal estes são mares nunca antes navegados por nós brasileiros. A única certeza é de que muitos negócios vão se tornar viáveis na conjuntura atual. Seguimos na torcida pelo melhor, apesar de ainda estar um tanto cético, confesso.

Um outro ponto que me chama atenção e me faz refletir diz respeito a economia com os juros da dívida. Esta não seria maior em 10 anos do que a com a reforma da previdência? Eu acho que sim, portanto temos mais uma razão para comemorar os juros baixos. Mas  independente disso, me parece que a reforma tributária e as privatizações precisam avançar. Digamos que o resto o mercado fará sozinho.

Veja abaixo um resumo dos meu ativos:

FIIs: voltei a dar uma boa olhada no assunto e fiz uma pequena revisão na minha carteira. Retirei os fundos KNCR11, KNRI11 e HGRE11 e inclui os XPLG11, XPML11, HGCR11 e MGFF11. Sigo com o critério de alocar em fundos com grande patrimônio e alta liquidez, além de retornos razoáveis (acima de 6,5%a.a.). Tem dado um resultado muito próximo ao Ifix, o que já era de se esperar. Com a queda da Selic devem brilhar muito!


Ações: sem grandes alterações, apenas pequenos ajustes pontuais. Não fiz nenhuma venda e adicionei um pouco de BPAN4, BRKM5 e TAEE11. Me parece que a Braskem está em valores ridículos e pode ser uma grande oportunidade em caso de venda da empresa. Taesa é uma ótima opção para quem busca bons dividendos com  uma gestão sem grandes surpresas. Acho que neste momento as grandes apostas ficam por conta de BBAS3 que está patinando se comparada a outros banco. Petrobras que não subiu nem perto o que índice andou e Vale que pode pagar enormes dividendos no próximo ano. Algumas ações do Varejo podem decolar, assim como aquelas que pagam grandes dividendos, como algumas elétricas.

Fundos de Ações: sem grandes surpresas. A volatilidade que assustou nos meses anteriores, retornou em ganhos para se comemorar.

Fundos Multimercado: sigo mantendo na carteira, apesar de achar que não são a melhor opção no momento. Acho que de modo geral, com uma Selic a 5%, estes fundos não devem render mais do que 8%/ano. Esta é a nova realidade e temos que nos acostumar com isso. Manterei um valor proporcional pequeno em relação ao total que tenho.

Tesouro IPCA e Prefixado: em linha com o proposta mês passado, fiz algumas compras por aqui e não me arrependi. A queda da Selic ainda deve trazer mais alegrias nos próximos meses, impactando positivamente estes ativos.

Tesouro Selic: com a taxa Selic a 5% e a inflação a 3,5%, fica difícil enxergar algum lucro real, após o IR. Se considerarmos que a taxa ainda pode cair para 4,5%, ficamos praticamente no zero. Enfim, esta é a regra do jogo e independente das condições segue como uma reserva de emergência e para novas compras. Devo manter em 30% do meu patrimônio por aqui.


Debêntures: nenhum movimento nesta classe de ativos. Se por uma lado as taxas adquiridas no passado foram sensacionais, neste momento ficam as dúvidas se serão pagas. Acredito que não terei novos problemas com as empresas que escolhi, porém não tenho planos de novos aportes.


CDBs e LCs: não me parece muito atrativo apostar em algo que rende 130% de um CDI de 5%. Simplesmente não tenho olhado mais, porém carregarei os que tenho até o vencimento.

Interactive Brokers: demorei para acertar a mão nas aplicações em USD, porém montei um modelo que me agrada e tem dado bons retornos em R$ e USD. Sigo apostando fortemente no EWZ que deve refletir a subida da bolsa brasileira e uma possível queda do dólar. Por outro lado, se o cambio subir, também ganho nos demais ativos. Além de um seguro, é uma ótima forma de investir no Brasil, mesmo estando com o dinheiro fora.

Este fim de ano tem sido bastante positivo e pode nos reservar mais algumas alegrias. Sigo confiante no fechamento da carteira acima de R$ 950.000 em 2019.



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