30 de junho de 2018

Relatório de JUN/18 - Ativos em Promoção


Este foi um mês de fortes emoções, capaz de testar a resiliência dos mais experientes investidores. Aguentar uma queda sequencial e se manter firme é para poucos. Claro que a tentação de vender é grande, apesar da minha estratégia pessoal dizer que não é o melhor momento. Acho que estou passando bem por esta fase, mas confesso que tenho mantido certa distância das cotações para evitar o sofrimento online. 

Assim como vimos em MAI/18, a bolsa brasileira segue caindo. Se antes falávamos de um fundo de 76.000 pontos, desta vez vimos o índice abaixo de 70.000.  É sempre difícil determinar até onde isso vai e neste sentido acho que me empolguei um pouco com as compras no último mês. No mês atual, mesmo com valores ainda mais baixos, fiz compras menores pois não quis comprometer minhas reservas, exceto com compras que acho realmente certeiras.

FIIs: este mês me pareceu perfeito para fazer novas aquisições. Minha carteira já acumula quedas de 10%, sendo que existem alguns papéis com quedas na faixa de 20%. Não vejo um racional para este movimento tão forte, o que para mim se mostra como uma oportunidade de compra. Separei aproximadamente R$6.000 para novas compras em JUL/18, mas tenho receio de ter perdido o momento com as subidas da última semana. Estou de olho em BCFF11, VISC11, BRCR11, KNRI11 e HGRE11. Em suma, comprar mais dos ativos que já tenho e que tenham caído acima de 15%.

Ações: as compras neste mês foram modestas, mas de ativos que considero sensacionais. As escolhidas foram ITSA4 a $8,99 e BBAS3 por $25,90. Procuro não vender ações, mas me desfiz da BRPR3 que há algum tempo pensava em vender. Tive prejuízo de 7%, mas como muitos outros ativos caíram muito mais, acho que valerá o sacrifício para aplicar em opções mais atraentes como UNIP6. Não há mágica aqui, se as eleições caminharem em direção à um reformista, a bolsa deve se animar, caso contrário podemos ver ainda mais quedas.

Fundos de Ações: vendi o fundo HIX que eu tinha e aumentei o investimento no fundo Alaska Black. Busquei aumentar um pouco minha exposição comprando mais R$2.000. O valor não é alto e por esta razão separei outros R$3.000, em caso de novas quedas, para comprar ainda mais.

Fundos Multimercado: poucas surpresas por aqui. Me parece que os fundos multimercados estão fazendo sua gestão ativa para sofrer menos os efeitos da volatilidade. Fico apenas pensando se eles conseguirão pegar o momento certo da alta, quando ele voltar.

Tesouro Direto: assim como nos meses anteriores, o aumento das taxas tem me chamado a atenção. Poder comprar TD Prefixado 2025 com taxas de ate 12% me parece ótimo. Neste sentido aproveitei e comprei um pouco com taxa de 11,55%. Além do prefixado comprei TD IPCA 2045 + 5,84% de juros. Com o cenário menos nebuloso, espero ver o prefixado no futuro novamente abaixo de 10% e o IPCA abaixo de 5%, o que deve gerar um pelo upside nestas aplicações. Além destes, comprei mais Tesouro Selic, que apesar de pagar pouco, segue sendo um porto seguro.

CDBs e Debêntures: as debêntures não mudado muito, mas os CDBs estão atrativos. Mesmo que as opções sejam de bancos de segunda linha, me parece vantajoso comprar do Banco Fibra um Prefixado que pague acima de 14% ao ano. Devo comprar um pouco no próximo mês, mas valor baixos, na ordem de R$2.000. A escolha por prefixados sempre deixa a dúvida sobre a inflação nos próximos anos, mas como a meta do governo tem sido reduzida, acho que o prêmio compensa muito. Isso sempre dentro dos limites do FGC.

Criptomoedas: larguei mão de acompanhar. Vou manter o que tenho mas não comprarei mais no momento. Acho que este mercado tende a subir no longo prazo, mas pode ficar parado por longos períodos.

Interactive Brokers: mantive minha carteira quase intacta, sendo que a única aquisição foi um pouco de EWZ (ETF ações brasileiras). Como a queda já superava 30%, achei que havia um boa janela de compra. Devo comprar mais apenas se cair 10% do meu ponto de entrada. Outro ETF que eu gosto é o IAU (ouro) e tem caído recentemente, apesar dos riscos globais. Na minha leitura o capital tem se direcionado para o tesouro americano com a taxas futuras acima de 3% e a última alta do FED de 0,25%, colocando a taxa em atual em 2%. Neste mesmo contexto, o câmbio bateu um pico de R$3,99, recuou para a casa de R$3,70 e fechou em R$3,88. Acho que o dólar segue sendo um bom seguro, mas nunca como forma de especulação.

Até o final de outubro o que ditará o humor do mercado será o cenário político no Brasil. Enquanto Ciro Gomes e Bolsonaro estiverem bem posicionados nas pesquisas a volatilidade vai ser a palavra de ordem. Seguirei firme as minhas convicções e estratégia de compras ativos bons com grandes quedas. O balanço do mês foi negativo em quase R$ 8.000, mas acho que já em 2019 terei grandes alegrias com as novas compras. Fecho o mês com aproximadamente R$ 15.000 em caixa para novas compras e certamente torcerei para mais um mês de altos e baixos para poder adquirir ativos bons em promoção.

Por fim, acho importante pontuar que uma carteira equilibrada reduz os riscos e principalmente a volatilidade, em momentos como o que estamos vivendo. Independente da sua estratégia, procure sempre manter capital com liquidez para emergências pessoais e novas compras noncaso de grandes quedas.

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