1 de maio de 2018

Relatório de ABR/18 - Mar Calmo


Estamos navegando por águas relativamente calmas e com tempo bom. Esta constatação por si só não é boa nem ruim, apenas um alerta para não esquecermos que não há calmaria que dure para sempre.

Mais um mês que passa e a bolsa segue andando de lado. Mesmo tendo tido perdas, não me preocupa esta situação, uma vez que os resultados das empresas continuem melhorando e demonstrando lucros cada vez maiores. Seguindo assim, cedo ou tarde as ações vão subir refletindo este bom momento. O mercado imobiliário segue reagindo lentamente e talvez seja melhor assim. Movimentos graduais me parecem mais sólidos e duradouros. Sigo de olho no FIIs pois penso que ainda temos oportunidades de ganhos. De modo geral a economia do Brasil vai bem, porém talvez um pouquinho aquém do esperado. Devemos ter um ano bom com crescimento próximo a 3%. Parece pouco, mas só de sair definitivamente da crise já é algo a se comemorar. Além disso, nossos problemas de infraestrutura não nos permitem avançar muito mais rápido, portanto está de bom tamanho para o momento. Dólar subindo, mostrando que um seguro na moeda estrangeira se mostra positivo e Bitcoin reagindo saindo de um fundo próximo a USD 6000 para alcançar aproximadamente USD 9000. Mantenho algo próximo a 1% em carteira para acompanhar os possíveis ganhos, mas sem comprometer minhas aplicações e rendimentos.

FIIs: sigo com a compra de fundos imobiliários sendo que adquiri mais um pouco de HGLG11 (galpões) que se capitalizou recentemente e possui um bom retorno mensal. Desisti do BRCR11 pelas mudanças recentes com a troca de ativos no RJ por outros em SP. A ideia inicialmente é boa, uma vez que o mercado e vacância no RJ estão complicados, porém os ativos são de um padrão inferior, o que pode pesar no longo prazo no valor das cotas. No próximo mês, penso em adquirir um pouco de KNCR11 (papéis) que tem baixa volatilidade com a vantagem de um ótimo retorno mensal.

Ações: comprei BBAS3, PIBB11 e PETR4.  Acredito em uma grande força de alta nos próximos anos, sendo que neste momento estou focando em ativos de grande liquidez. Penso que compras regulares devem dar bons resultados no longo prazo, mesmo que no curto possam decepcionar. Minha preferência é por ativos industriais, de bancos ou ligados a negócios simples e resilientes, com grande barreira de entrada. Uma aposta neste mês foi o IPO do Banco Inter. Sou fã da empresa e possuo conta lá, apesar de que isso não necessariamente me faz um investidor da empresa. Acredito financeiramente no negócio e acho que vale a pena, mas vendi no dia do IPO. Meus olhos estão voltados para novas compras de VULC3, BRKM5 e BBAS3 que caíram um pouco recentemente e já fazem parte do meu portfólio. Três ótimas empresas com múltiplos baratos e que podem surpreender positivamente.

Fundos de Ações: possuo um pouco no Alaska Black. O fundo tem demonstrado resultados muito acima da média e realmente o João Alves é um grande gestor. De modo geral tenho uma barreira em investir em fundos de ações, pois me parece que os ETFs do índice Bovespa e de Small Caps são melhores no longo prazo.

Fundos Multimercado: dois fundos bastante conhecidos fazem parte da minha carteira que são o Kapitalo Kappa e Adam Strategy. Os dois têm dado muitas alegrias e seguem firme no portifólio, apesar do Adam ter tido um mês difícil. Apesar do bom rendimento, não pretendo aumentar minha exposição nesta classe de ativos no momento.

Tesouro Direto: iniciei o ano imaginando que 2018 seria uma ano de grande volatilidade, não somente na bolsa, mas nas taxas dos títulos do tesouro. Me parece que a taxa do TD 2035 com IPCA + 5,3% já é uma boa aposta, principalmente com uma SELIC em 6,5% em tendência de queda e inflação por volta de 3%. Acho que vale comprar, porém penso que as taxas ainda subirão. Acima de 5,5% me parece uma ótima oportunidade. Mesmo com a Selic baixa, manterei aportes nesta opção do Tesouro Direto como uma forma de seguro para possíveis momentos críticos, tanto pessoais quanto oportunidades/stress de mercado.

CDBs e Debêntures: não vejo muitas oportunidades atrativas na renda fixa dos bancos e financeiras. O mercado  secundário de debêntures tampouco me anima, pois tem oferecido taxas abaixo do tesouro direto, com muito mais risco. Bom mesmo seria poder comprar as debêntures pelos valores de mercado em uma bolsa sem o spread das corretoras, mas isto não é uma realidade. No momento manterei as aplicações que já tenho esperando os vencimentos para tomar novas decisões.

As grandes questões à frente me parecem as eleições no Brasil, a Trade Wars entre USA e China e o risco de uma crise externa arrastando as bolsas internacionais. Todos os cenários de risco que enxergamos podem trazer oportunidades de compra com ótimos retornos no longo prazo. Neste sentido, mantenho 10% da minha carteira em dólar, sendo 40% destes em ouro, além de 15% em TD SELIC em R$. Se tudo correr bem, a bolsa brasileira deve trazer muitas alegrias e mesmo que a renda fixa reduza as remuneração do capital, os benefício para a economia como um todo compensam e muito. Será muito bom ver um economia baseada no capital produtivo e não no especulativo, com as pessoas investindo em ações e fomentando empresas de verdade ao invés emprestar dinheiro para o governo e bancos.

2 comentários:

  1. Muito bacana o seu Blog. Metade do caminho já foi percorrido, agora você já é um "meio milionário". Se tiver interesse em divulgar o Blog, faça comentários em outros Blogs de finanças mais conhecidos. Comentando de forma discreta pode lhe ajudar a formar um grupo de leitores. Desejo sucesso na sua caminhada. Irei acompanhar daqui para frente. Quando ficar milionário venha morar em Jurerê Internacional. (MKP - Florianópolis).

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