3 de outubro de 2020

Relatório de SET-20 - Frustrando Expectativas

 


Mais um mês de quedas nas bolsas, frustrando as expectativas dos investidores. Muitos podem dizer que está relacionado a uma segunda onda da pandemia, ou mesmo as eleições no USA, mas no fundo, para nós brasileiro o problema é sempre o mesmo. Simplesmente, gastamos mais do que arrecadamos e isso tem ficado cada vez mais evidente e critico.

O endividamento do país não para de subir e cada vez é mais difícil de vender os títulos do governo do Brasil, que estão com taxas bastante atrativas. Não vejo possibilidade de calote, pois o governos pode imprimir dinheiro, apesar de gerar inflação. 

Mas o que importa realmente aqui é que ficamos muito defasados em relação ao resto do mundo. Nossa bolsa segue muito abaixo, o câmbio subiu muito, deixando os ativos mais baratos ainda em USD.

Apesar de todos os sinais negativos, me parece que o pior da pandemia passou e não devemos ter uma segunda onda no Brasil. Isso quer dizer que, se tivermos alguns bons sinais de reformas, poderemos ver sinais de retomada em 2021. Já vemos sinais da economia real, onde diversos segmentos de embalagens estão altamente demandados.

Entendo que este é um bom momento aproveitar algumas oportunidades, conforme descrevo abaixo.

Renda Variável

FIIs: fiz pequenos investimentos há pouco tempo e entendo que seguem como uma boa opção para se expor à imóveis e ter uma renda mensal.

Ações: devo aproveitar o momento de queda para fazer algumas compras de ações que pagam bons dividendos, como ITSA4, BBAS3, CMIG4, SAPR11, PETR4 e EGIE3.

Ações em USD: a grande novidade parece ter sido a volatilidade nas ações de tecnologia, após terem subido muito. Ainda assim seguem em patamares bastante altos. Não devo fazer alterações na carteira.

Previdência em Ações: apenas esperar que o Ibovespa se recupere.

Renda Fixa

TD IPCA: ao longo do mês a taxa de juros dos títulos subiu bastante e levou o TD IPCA 2055 acima de 4,40%. Me prece ser um bom momento de entrada e devo comprar mais.

TD Selic: por incrível que pareça tem tido rendimento negativo. Mesmo que no vencimento isto volte par ao investidos, é difícil ver as cotas diminuírem pela dificuldade de venda do governo.

Debêntures: seguem com rendimentos cada vez menores, porém ainda existem boas opções. Gosto das elétricas e Vale.

CDBs e LCIs: assim como as debentures, tem tido suas taxas cada vez mais comprimidas, mas ainda acho que tem boas oportunidades dos bancos Fibra e BMG. Acima de IPCA +4%, neste momento me parece atrativo.

Seguros

Ouro: após uma grande subida nos últimos anos, assim como na pandemia, deu uma pequena recuada. Ainda assim, o câmbio tem subido, valorizando as cotas do investimento.

Sigo com a meta de ter 10% de rendimento ao ano (sem considerar dividendos) e já descontados os impostos. A meta de ter R$ 1,15MM segue de pé, mas cada tem se tornado mais difícil. Este ano definitivamente não tem sido fácil para o investidor, mas não podemos desanimar. Momento difíceis geralmente são bons momentos de entrada.





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