28 de fevereiro de 2020

Relatório de FEV/20 - Porrada


Uma verdadeira porrada na cara, assim foi o mês de fevereiro. Perdi aproximadamente R$ 50k, sendo quase tudo em aplicações em ações.

O caos se instalou na China com a chegada do Coronavírus e junto a ele veio o Pânico no mercado financeiro. A ideia de que isso possa e deve afetar seriamente e economia real, fez com que as bolsas ao redor do mundo despencassem.

Em um primeiro momento, ver as ações caírem não surte um grande impacto em mim, mas logo em seguida elas caem ainda mais, os fundos de ações passam demonstrar a mesma queda em suas cotas, com algum delay, assim como os títulos do tesouro. Sem dúvida algo que mexe com a gente, mas há que sempre recordar as linhas de pensamento de longo prazo.

O problema não vem sozinho e acaba afetando a todos os tipos de ativos em momentos de pânico. Se por um lado dói ver a carteira encolhendo, por outro, abre uma avenida de oportunidades de investimento. Só o índice Bovespa já caiu de 119k para 102k. Se olharmos em detalhes, vamos encontrar ações que caíram muito mais.

Neste sentido, entendo que é um ótimo momento para compras, pois no longo prazo, esta deve ser apenas mais uma realização do bull market em que estamos no Brasil.

Abaixo o resumo dos meus investimentos:

FIIs: tivemos por aqui uma volatilidade muito menor do que nas ações, o que era de se esperar. Fiz uma pequena compra no mês que se mostrou em um momento equivocado, mas acredito que no longo prazo não fará diferença.

Ações: aqui a estratégia será bastante simples. Ao invés de buscar as ações que caíram mais e tentar bater o índice, simplesmente vou comprar BOVV11 até o limite de R$ 70k, sendo que na ultima sexta já comprei R$ 20k. Se cair mais, seguirei com novas compras.

Fundos de Ações: abriram um grande janela de oportunidade para entrada com perdas em linha com a queda da bolsa. Devo comprar algo.

Previdência Privada: talvez o grande erro de timming da carteira, mas ainda assim, com um impacto limitado. Perdi um belo valor, mas assim como nos FIIs, acredito que em uma linha de longo prazo não fará diferença.

TD IPCA e Prefixado: sem grandes alterações, porém importante ressaltar que não houve quedas. Sigo na expectativa de que ao longo do ano possa ser uma grande oportunidade, apesar de achar as ações mais atrativas.

TD Selic: reduzi minhas cotas para fazer compras em ações. A ideia de ter um bom colchão com 30% em TD Selic se referia em parte a um seguro para momento pessoais, da mesma forma que uma reserva para compras em caso de grandes quedas. Desta forma, estou seguindo minha estratégia a risca, tendo vendido R$ 70k.

Debêntures: talvez a única novidade por aqui seja o fundo da Vítreo para recuperar as cotas da RDVT11. Confesso que se 50% voltar já estarei feliz. Seguimos em frente na expectativa.

CDBs: nada a acrescentar, além de que a renda fixa serve para amortizar as quedas nestes momentos críticos. Não vejo oportunidades por aqui e cada vez mais será difícil encontrar algo que me atraia.

Interactive Brokers: sigo com a carteira com uma boa parte em ações e outra em ouro, além do hedge natural em dólar, por se uma corretora americana e operar em USD. Desta maneira, mesmo nos momentos mais difíceis, a aplicação tem sido bastante equilibrada e rentável em R$. Me aprece que o EWZ ficou barato a USD 38, tendo estado recentemente em USD 48, portanto, acho que vale muito a compra.

De modo geral a convicção segue em manter as compras em ações, frente a novas quedas, até o limite de R$ 70k. Me parece que temos um desconto de 15% em média e temos que aproveitar bem a oportunidade.

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