29 de outubro de 2018

Relatório de OUT/18 - Eleições 2018 - Parte 3


Relendo o post do mês anterior, percebo o quão intenso pode ser um período tão curto de um mês. Parece que faz muito tempo que iniciávamos o período de eleições e agora findado o processo, resta a esperança de um novo período cheio de expectativa. A união me parece ser a palavra deste novo momento.

A preocupação que até então estava relacionada a quem iria comandar a nação, passa a ser o quê e como faremos. Sempre que o mercado atinge um consenso sobre qualquer assunto, as perguntas deixam de fazer sentido e passa-se para a próxima etapa, onde novas perguntas surgem.

Me parece que a expectativa passam para o período de transição e consequente a formação da equipe de governo. Em um segundo momento certamente virão as tão sonhadas reformas, mas que devem ficar para o inicio de 2019. Agora é esperar e torcer para que o novo governo seja para todos os brasileiros e que deposite suas energias em resolver os problemas que nos assolam.

Penso que encerramos um ciclo e inciamos outro, que exigirá novas estratégias, no que diz respeito a investimentos e alocação de capital.

Segue abaixo resumo dos ativos em que invisto:

FIIs: o mercado parece ter revisto algumas posições e voltou a valorizar os ativos imobiliários. Me parece um primeiro sinal de que podemos ter alegrias por aqui em um ciclo de crescimento da economia, pois o aluguéis pode ter um bom reajuste ao longo de 2019. Ainda acho que o KNRI11 vale a pena a compra, porém perdeu um pouco da atratividade com as subidas recentes.

Ações: este foi um mês bastante intenso e de recuperação na bolsa. Se até então diversas posições compradas ao longo de 2018 estavam sofrendo, hoje muitas delas acumulam grandes ganhos. Aproveitei para vender algumas posições e para adquirir outras em linha com a ideia de comprar as boas ações do portfólio que caem muito sem razão aparente, assim como adquirir outras que já estavam no radar. Falando das compras, adquiri KLBN11 a R$ 17,95 e CMIG4 a R$ 10,52. O primeiro caso tem um viés de longo prazo, sem previsão de venda e o segundo apenas aproveitar os resultados das eleições. Em breve devo me desfazer da Cemig. A lista da venda é um pouco extensa, mas basicamente visa embolsar algum lucro após um curto, porém intenso período de subida da B3 com a eleição do Bolsonaro. Vendi CESP6 a R$ 18,10, sendo que o leilão gerou um belo resultado, apesar de entender que ainda pode continuar subindo. Me desfiz também de um pouco de EZTC3 a R$ 21,76, BBAS3 a R$ 43,20, CVCB3 a R$ 59,38, PETR4 a 28,03 e RAIL3 a R$ 16,00. Todas as ações continuam na minha carteira, apenas vendi um pouco do que havia comprado nos últimos meses a valores mais baixos.

Fundos de Ações: tivemos uma grande surpresa positiva por aqui. Esperava uma boa valorização, mas confesso que foi acima da minha expectativa. Realmente o fundo Alaska Black se mostra bastante volátil, porém assertivo. Pretendo manter na soma das ações e fundo de ações com no máximo 30% da carteira.

Fundos Multimercado: a máxima de que os fundos multimercado ganham com a queda dos juros parece não ter mais a mesma intensidade. Vimos nos últimos dias uma grande queda nos juros e mesmo assim os fundos não se moveram, isto sem contar com a escalada da bolsa, é claro. Se em um passado recente eles fizeram a festa dos investidores, neste momento decepcionam pela inatividade e incapacidade de aproveitar os movimentos. Sigo avaliando a possibilidade de vender algo por volta de R$ 5.000 nesta categoria.

Tesouro Direto: com os juros dos títulos indexados a IPCA próximos a 5% e Prefixados abaixo de 10%, acredito que estejamos em patamares baixos, mesmo para um momento de estabilidade e crescimento. Vendi um pouco dos dois títulos a fim de realizar lucros, pois mesmo acreditando que podem cair mais, me parece hora de se desfazer de algo. Em relação ao Tesouro Selic, fiz algumas compras para proteção do patrimônio. Os últimos movimentos na bolsa americana e as noticias vindas da China não parecem muito animadoras e acenderam uma luz amarela. Prefiro reduzir um pouco a exposição para me sentir mais tranquilo.

CDBs e Debêntures: boa parte das opções com juros prefixados acima de 14% e IPCA acima de 7% sumiram.  Comprei um pouco de CART12 com IPCA + 8,00% e CDB do BMG na faixa de IPCA + 6,5%. Ainda existem boas alternativas, entretanto com menos atratividade do que em um passado recente.

Interactive Brokers: a aposta em EWZ foi certeira neste período de queda do dólar e subida da bolsa brasileira. Apesar de ter acertado, a queda da bolsa americana pesou, assim como o resto das aplicações em ouro que sofreram diretamente com a desvalorização da moeda americana frente ao real. Independente disso, esta aplicação tem servido muito mais como um colchão para amortecer as quedas do que propriamente um investimento. Gosto de olhar para esta conta como um grande seguro e neste sentido tem funcionado muito bem. Gostaria de estar melhor no que diz respeito as ganhos em dólar, mas as bolsas ao redor do mundo tem caído nos mercados maduros e emergentes. Sigo firme com minha estratégia, pois acredito que em algum momento vou colher os frutos em USD.

A aposta em ativos como estatais trouxe um grande upside à carteira neste mês, algo que pode se estender um pouco, mas que deve migrar para as ações de primeira linha, assim que os dólares começarem a entrar com força na bolsa brasileira. Em um segundo momento veremos o mesmo movimento nas SmallCaps, mas esta etapa deve ficar somente para 2019.

Estou otimista com o Brasil e acho que a bolsa vai dar muitas alegrias. Por outro lado, sigo pessimista com o mundo, em especial com a China que pode entrar em um ritmo de crescimento ainda menor do que os 6% atuais.

Vou reforçar a posição em TD Selic, mesmo com a taxa em 6,5%, pois acredito que 2019 pode ser o ano em que teremos algum tropeço em nível global. Quero ter liquidez para surfar esta nova onda de oportunidades. Imagino inclusive que se o câmbio se aproximar de R$ 3,00 farei novas remessas para o exterior, apesar de não ser esta minha prioridade.

Atingimos a marca de R$600.000!!! O ano cada vez mais se parece com um fechamento de R$ 640.000 na minha carteira de investimentos, sendo a meta para o fim de 2019 de R$ 1 milhão. Como sempre, difícil, mas não impossível.


Nenhum comentário:

Postar um comentário